Ter um e-commerce exige estar sempre atualizado em relação a movimentações de mercado, cenários econômicos e comportamento do consumidor. Para negócios internacionais, essa necessidade é ainda mais forte, afinal, estamos falando em vender para públicos com culturas, comportamentos e que vivem em situações econômicas distintas.
Para trazer os principais tópicos sobre o mercado atual da América Latina ao centro das atenções, surgiu o EBANX Summit, um evento que acontece anualmente em Curitiba e reúne diversos especialistas do mercado e do próprio EBANX para desvendar os principais desafios da região.
Neste ano, o evento aconteceu nos dias 01 e 02 de outubro e além de contar com 9 painéis com profissionais renomados no Brasil e em outros países da região, foi palco para outros 8 workshops de diversas áreas criados por profissionais do EBANX.
E se você que tem um e-commerce, quer expandir seu negócio, mas não participou do Summit, calma! Nós selecionamos os principais tópicos entre todo esse conteúdo e você confere abaixo todos os temas quentes que foram discutidos no evento.
Renata Zacarias da Udacity e o poder do e-learning
A mundialmente reconhecida empresa de e-learning encontrou no Brasil uma grande oportunidade de negócio, considerando que 63% das empresas com no mínimo 10 funcionários no Brasil não conseguiam encontrar profissionais qualificados para atuarem em áreas técnicas.
Entretanto, o caminho entre do zero até a marca de 10 mil alunos brasileiros impôs diversos desafios a empresa que surgiu a partir de uma experiência na Universidade de Stanford. E quem foi ao evento contar essa trajetória até o sucesso para inspirar empreendedores que estão no momento de expansão dos seus negócios foi a Renata Zacarias, Head de crescimento da marca no Brasil.
Entre todos os tópicos apresentados por Renata para sustentar o sucesso da expansão da marca para o país, destaque-se um ponto muito importante: conhecimento do público brasileiro. Além do idioma, a forma como o brasileiro está acostumado a estudar, os hábitos, formas como o público brasileiro prefere pagar, metodologias, tudo influenciou na decisão de não mais replicar o método americano em terras brasileiras, mas sim adaptar o ensino aos nossos padrões.
Giuliana Morrone e o cenário político brasileiro
O Brasil vive atualmente um dos processos eleitorais mais polêmicos de sua história. Até o dia 28 de outubro, todas as atenções no país e de empresários que investem no Brasil estão voltadas ao impacto que a eleição do novo presidente pode ter sob seus negócios.
De um lado da disputa, temos o perfil ousado de Jair Bolsonaro do PSL e do outro o Fernando Haddad representando o partido que está no poder desde 2003, PT. Para falar sobre o cenário econômico do país em meio a corrida eleitoral, o EBANX Summit trouxe ao palco Giuliana Morrone, jornalista com 30 anos de experiência em jornalismo político.
Reforçando a opinião que os especialistas econômicos do EBANX expressaram ao falar sobre o assunto neste post, Morrone reforçou que, embora ambos os candidatos tenham fragilidades, ainda existe muito espaço para investimento no Brasil. Cada um dos candidatos à sua maneira deve enfrentar desafios durante o mandato, porém em ambos os casos o mercado de e-commerce deve continuar sendo um pilar importante e com projeções de crescimento.
Lindsay Lehr e as oportunidades da América Latina
Se você já acessou outros posts do LABS, provavelmente já ouviu falar que a América Latina é a região que mais cresce no mercado de e-commerce mundialmente, discutimos essas oportunidades em detalhes aqui, também aqui e mais uma vez neste outro post aqui. Durante o evento, Lindsay Lehr, diretora sênior de práticas de pagamentos da America Market Intelligence (AMI), subiu ao palco para reforçar novamente todas as oportunidades que as economias emergentes da América Latina representam para e-commerces.
Um dos principais pontos de questionamento para escolher a América Latina como destino de investimento é a solidez das economias. Sobre isso, Lindsay ressaltou aspectos positivos que justificam a atenção voltada a estes países, a expectativa é de que até 2021 a região recupere 1 trilhão de dólares perdidos entre 2015 e 2016. Dessa forma, a região deve retomar o valor de US$ 6,5 trilhões do PIB.
Além disso, Lehr ressaltou também o potencial de economias como a brasileira e a mexicana e a popularização da tecnologia entre os latino-americanos, o que sustenta o crescimento expressivo do e-commerce na região. Em resumo, segundo Lindsay Lehr, a era das compras digitais está a todo vapor na América Latina e a hora de investir é agora.
Gustavo Sambucetti e um olhar detalhado para o e-commerce na Argentina
Em meio a um cenário de recentes crises, o diretor da Câmara Argentina de Comércio Eletrônico (CACE), Gustavo Sambucetti, subiu ao palco com uma missão muito clara: explorar o real cenário do e-commerce argentino e demonstrar por que o investimento no país, anteriormente com a economia tão fechada, é sim um ótimo negócio. E o desafio foi cumprido com excelência.
Segundo dados de Sambucetti, 64% dos lares argentinos possuem acesso a internet e mais de 40% da população total do país compra online, sendo que 50% destas pessoas realizaram alguma transação nos últimos 6 meses, isso levou a uma arrecadação de US$ 8 bilhões em 2017. Apenas estes dados já impressionam, mas ainda não falamos da taxa de crescimento anual do e-commerce argentino: este mercado mantém um índice de mais de 50% de aumento nos últimos 7 anos.
Além disso, o comportamento anteriormente fechado da economia no país, não reflete mais a realidade dos argentinos e para comprovar Sambucetti trouxe dados que afirmam que entre a parcela da população que tem o hábito de comprar online, 43% já consumiu produtos de sites internacionais.
A Argentina está a todo vapor, a grande lição de Gustavo é que o país é uma oportunidade a cada dia mais latente e ignorá-lo não é mais uma opção, se você tinha outra impressão a respeito do país, essa é a hora de deixá-la pra trás e mergulhar de cabeça no crescimento que o país pode oferecer ao seu negócio.
João Pedro Paro Neto e o digital ditando as próximas tendências na indústria de pagamentos
Os hábitos dos consumidores estão em constante mudança nos mais diferentes aspectos. Com os pagamentos, não seria diferente. Para explorar este cenário de mudanças e o impacto do digital nos próximos passos deste segmento, o Presidente da Mastercard, João Pedro Paro Neto, iniciou sua fala trazendo alguns dados sobre o cenário da indústria de pagamentos eletrônicos.
Ele ressaltou que o segmento teve um crescimento mais acelerado nos últimos 5 anos do que nas últimas 5 décadas com projeção de que em 2019 1.8 bilhões de consumidores realizem transações eletrônicas, o que pode representar U$D 3.5 trilhões para o mobile commerce.
E Paro Neto apontou um motivo principal para que esses números não sejam ainda mais expressivos no Brasil: a resistência dos brasileiros causada pela falta de confiança nestes métodos pelo medo de fraudes. A solução? Dar a mesma sensação de segurança do ambiente físico para as compras online diminuindo as barreiras entre esses dois mundos e oferecendo ao consumidor final uma experiência convergente entre as operações físicas e online de pagamentos.
Leandro Franco e a transformação do Itaú para a era digital
Uma das frases citadas pelo Executive Manager e Superintendente de Produtos e Pagamentos Digitais do Itaú, Leandro Franco, resume o motivo pelo qual a modernização da empresa tornou-se um sucesso tão expressivo no Brasil: a tecnologia não é o centro das atenções quando o assunto é transformação digital, as pessoas são.
Adotando a filosofia de que a transformação é feita de pessoas para pessoas através do uso da tecnologia, o banco transformou não apenas a forma como os serviços são oferecidos aos consumidores finais, mas também a forma como seus funcionários trabalhavam. Tudo a partir do objetivo fazer com que a evolução digital se tornasse realidade na empresa.
E se existe algo que ninguém pode negar é que deu certo. A análise de dados aliada a experiência promovida pela marca dentro foram a chave do sucesso para o maior banco do Brasil e podem ser aplicadas também para os objetivos do seu negócio.
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