A Pomelo, fintech novata da Argentina, anunciou nesta quinta-feira (21) que captou US$ 35 milhões em uma rodada Série A liderada pelo Tiger Global, com participação do fundo brasileiro monashees, Index Ventures, Insight, QED, SciFi, Greyhound, e Box Group, além dos fundadores da Affirm, Checkout, N26, Plaid e Ramp, entre outros investidores individuais.
A captação veio apenas três meses desde que a startup recebeu uma extensão de US$ 1 milhão da rodada Seed, liderada pelo fundo do Vale do Silício Sequoia. A Pomelo foi a primeira investida do fundo na América Latina desde que o bilionário e sócio gerente da Sequoia, Doug Leone, anunciou que a empresa agora focaria na América Latina.
“O cenário de tecnologia da América Latina está crescendo e algumas startups emergentes estão transformando setores por inteiro. Fintech é um exemplo claro e vimos alguns produtos de consumo surpreendentes mudarem a lógica de bancos de varejo, empréstimos e seguros nos últimos anos”, disse John Curtius, sócio da Tiger Global Management, em comunicado à imprensa.
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Conversando com o LABS, Gastón Irigoyen, co-fundador e CEO da Pomelo, disse que não havia necessidade de caixa neste momento e que o dinheiro da Tiger veio naturalmente, como parte do “interesse do investidor” na startup. “Na verdade, essa rodada teve quase quatro vezes mais demanda dos investidores do que capacidade de receber dinheiro”, disse Irigoyen.
O executivo planeja que o montante seja usado no crescimento do número de funcionários, de 100 para 250 pessoas até o final de 2022, permitindo que a Pomelo acelere seu desenvolvimento de produto. Os recursos também serão usados no lançamento das operações no Brasil, México, e depois na Colômbia.
Parece que os investidores de capital de risco são fãs de fintechs de infraestrutura na América Latina. Na quarta-feira, a brasileira Hash anunciou um aporte de US$ 40 milhões da QED Investors e da Kaszek. A Hash foca em oferecer maquininhas e infraestrutura de pagamentos para empresas de vários setores.
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Já a Pomelo permite que fintechs e outras empresas de tecnologia incluam serviços financeiros nos seus negócios por meio de uma plataforma API proprietária, que faz com que essas empresas construam processos de onboarding, lancem contas digitais que estejam conectadas aos sistemas financeiros locais e emitam cartões de débito e de crédito pela América Latina.
“Nosso objetivo na Pomelo é fazer com que a América Latina se pareça com a Europa, o que significa que vamos ajudar nossos parceiros a desbloquear vários mercados em um curto período de tempo, permitindo que eles escalem seus negócios em vez de se preocupar com regulamentações, dezenas de contratos e integrações de backend. A Pomelo permite que você crie uma fintech completa com um pacote de APIs, desde a integração de um novo usuário até a entrega de um cartão de crédito na sua casa”, disse Irigoyen.