Com 30 mil academias e estúdios parceiros no mundo, a startup norte-americana ClassPass acaba de desembarcar no Brasil, terra natal do unicórnio concorrente Gympass. Nos Estados Unidos, a plataforma atende empresas como Google, Facebook e Southwest Airlines.
Procurada pelo LABS, a empresa explicou que escolheu o Brasil para começar a desbravar a América Latina porque o país é o segundo maior mercado fitness do mundo, depois dos EUA. A expansão global da startup começou após um aporte de US$ 85 milhões, em julho de 2018, liderado pela Temasek, uma empresa de investimentos sediada em Singapura, e que também teve a participação do L. Catterton, um grupo de private equity que já investiu marcas fitness como Pure Barre e Equinox Holdings.
LEIA TAMBÉM: Gympass expande operações na Europa
Segundo a Bloomberg, a ClassPass já recebeu US$ 255 milhões em investimentos desde a sua fundação, em 2013, e ainda não atingiu o seu break even, ou seja, ainda não dá lucro.
No total, a plataforma opera hoje em 2,5 mil cidades de 27 países, na Europa (Áustria, Dinamarca, Inglaterra, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Holanda, Noruega, Portugal, Escócia, Espanha, Suécia, Suíça), América do Norte (EUA e Canadá), e Oceania (Austrália e Nova Zelândia).
Questionada sobre a concorrência do Gympass, a empresa disse apenas que, nos últimos 18 meses, estabeleceu-se “como a principal associação global de fitness e bem-estar” e que vê como positivo “quando outros serviços ajudam a destacar os aplicativos de fitness” aos usuários.

Embora não tenha revelado quantos estabelecimentos parceiros já tem no Brasil, a ClassPass deu os nomes de alguns desses estúdios e academias em São Paulo (Pure Pilates, Action 360, Studio Mormaii, Ritual Gym, Race Bootcamp, Vidya Yoga, Jab House, Tônus Gym, MyYoga, Ballet Fitness by Betina Dantase) e no Rio de Janeiro (Meu Mood, Iron Box, Proforma, Puri Fitness, Ride Club, Pró Forma e Le Gym), as duas cidades brasileiras onde já está presente.
A empresa também não disse quais organizações já fecharam contrato para oferecer a plataforma como benefício aos funcionários. Ressaltou, apenas, que as empresas globais que atende nos EUA também têm escritórios no Brasil.
LEIA TAMBÉM: Um terço dos brasileiros bancarizados tem conta em fintech
Como o ClassPass funciona
Ainda no início de 2018, a ClassPass mudou seu modelo de assinaturas, até então similar ao do Gympass, para outro de assinaturas que dão direito a crédito. Neste modelo, cada aula têm um valor de crédito dependendo do tipo de atividade, estabelecimento e horário.
No Brasil, o ClassPass desembarca com os seguintes planos: Go (15 créditos por R$ 99); Base (30 créditos por R$ 189); Core (50 créditos por R$ 299); e Platinum (90 créditos por R$ 499). Créditos não utilizados podem ser acumulados e usados no mês seguinte.
Além de ser um benefício corporativo, o ClassPass também pode ser usado por qualquer pessoa física interessada em usar o aplicativo.
Além das aulas presenciais, a ClassPass também tem apostado em aulas on-line, em vídeos em tempo real (ClassPass Live) e sob demanda (ClassPass Go). Segundo a empresa, esses serviços também estarão disponíveis para os usuários brasileiros, mas, por ora, apenas com áudio em inglês.