“Tecnologia projetada não para todos nós, mas para cada um de nós”. É como a diretora de produtividade da Microsoft Brasil, Mariana Hatsumura, define a cultura da empresa. Reinventar-se constantemente colocando os clientes no centro das decisões de forma inclusiva é um dos motivos pelos quais a empresa, fundada em 1975 por Bill Gates e Paul Allen, nunca perdeu a veia inovadora tão característica de seus produtos.
Com um valor de mercado de mais de US$ 1 trilhão e uma marca que tornou-se um ícone do universo da tecnologia, não seria difícil imaginar que o futuro pudesse levar a empresa a escolher mais tranquilos. Mas foi justamente o caminho contrário, fora da zona de conforto, que levou a empresa norte-americana ainda mais longe.
Reaprendendo comportamentos de usuários, solucionando problemas diários de empresas e fornecendo as soluções certas para aumentar a produtividade de profissionais do mundo todo, a Microsoft encontrou na revolução digital pela qual o mundo corporativo está passando seu mais recente propósito. A empresa vê a América Latina como um mercado estratégico e com um imenso potencial ainda a ser explorado.
“A transformação digital abre um novo potencial para as organizações e isso não implica apenas uma mudança ou readequação na tecnologia, mas também nas pessoas. As expectativas, o conhecimento e as habilidades de cada funcionário de uma organização – do chão de fábrica ou da recepção à sala de diretoria executiva – bem como as ferramentas que usam para o trabalho são fatores determinantes no nível de transformação que qualquer organização pode conseguir”, disse Hatsumura, em entrevista exclusiva ao LABS.
A grande missão da Microsoft e a inteligência artificial como aliada.

“Quando o Satya Nadella assumiu a posição de CEO da Microsoft em meados de 2014, ele iniciou um processo de transformação cultural com uma nova missão: empoderar cada pessoa e cada organização do planeta a conquistar mais, que funciona como um direcionamento para tudo o que fazemos”, revelou a diretora da empresa.
A gente deixa de ser uma empresa que diz ‘eu sei tudo’ e passa a ser uma empresa que diz ‘eu posso aprender tudo’. Significa aprender com os erros.
Mariana Hatsumura, diretora de produtividade da Microsoft Brasil.
Para traduzir esta missão em algo palpável em seus produtos, a Microsoft encontrou na inteligência artificial sua principal aliada. Presente em todos os produtos da marca de formas diferentes, é ela que vem pautando o caminho das novas features e soluções criadas pela empresa.
“Na Microsoft, estamos desenvolvendo ferramentas e tecnologias de IA, utilizando recursos da nuvem Azure, para empoderar as pessoas e aumentar suas capacidades. Estamos trabalhando para garantir que essas inovações e descobertas de IA estejam disponíveis para todos”, diz Hatsumura. E a multinacional de tecnologia não poderia ter sido mais assertiva ao escolher esta direção para direcionar seus esforços.
No segundo trimestre de 2019, a empresa superou as altas expectativas do mercado atingindo um valor de receita de $ 13.2 bilhões, um aumento de 12% em relação às projeções. O responsável direto por esse crescimento exponencial foi justamente o Azure que tornou-se a área mais lucrativa dentro da empresa.
“Estamos comprometidos a certificar que esses sistemas de IA sejam desenvolvidos de forma responsável e usados para a ganhar a confiança das pessoas. Acreditamos que a IA é uma tecnologia desafiadora em nosso tempo, e somos otimistas quanto ao que a IA pode oferecer para as pessoas, indústria e a sociedade – agora e no futuro, de maneiras que já temos visto e das que ainda não podemos compreender”, complementa a diretora de inovação.
E não para por aí, de acordo com Hatsumura, cerca de US$ 14 bilhões são investidos anualmente em pesquisas para projetos de inovação classificados em quatro categorias: os arrojados (independentemente do tamanho); os otimistas e inclusivos; os fundamentados em confiança; e aqueles executados em escala.
Assim, a empresa mantem-se um passo à frente das concorrentes quando o assunto é inovação. Foi essa forma de trabalhar que possibilitou a criação de projetos nas mais diversas áreas, desde o controle adaptável do Xbox, voltado à inclusão de pessoas com deficiências, até o InnerEye, que usa inteligência artificial para que equipamentos de raio-X possam gerar aprendizado, melhorando constantemente a leitura das imagens.
O poder de criar soluções corporativas para usuários, não apenas para empresas

A revolução digital afetou a vida das pessoas em todos os aspectos, desde aqueles mais cotidianos, como o aumento do uso de redes sociais, até a forma como todos nós trabalhamos, incluindo o surgimento de inúmeras novas áreas de atuação em poucos anos.
Enquanto no passado as ferramentas corporativas tinham objetivos muito diretos e tradicionais, para acompanhar este novo momento, o primeiro passo é entender que o sucesso está na mão daquelas empresas capazes de entender que o usuário que posta uma selfie é o mesmo que precisa gerir um time.
Seja em um passeio com a família, uma viagem ou durante a elaboração de uma apresentação decisiva no trabalho, no fim do dia somos todos os mesmos usuários em momentos diferentes com as mesmas necessidades a serem atendidas em cada um deles: aplicativos rápidos, com fácil navegação e que resolvam problemas reais do dia a dia.
As empresas voltadas a soluções B2B que entenderam esta mensagem, largaram na frente. A Microsoft é uma delas.
A Microsoft têm o compromisso de empoderar cada pessoa e cada organização a alcançar mais.
Mariana Hatsumura, diretora de produtividade da Microsoft Brasil.
E para cumprir esta missão, cada produto do grupo tornou-se uma peça de um grande quebra-cabeças de soluções para empresas de diferentes portes e segmentos.
“A inteligência artificial integrada ao pacote Office365, por exemplo, estimula a produtividade quando o PowerPoint sugere opções de layout e recursos de legenda ao vivo para derrubar a barreira da língua e deixar as apresentações mais bonitas e [quando] o Outlook separa as mensagens mais importantes para o usuário ler antes – deixando-as em uma caixa prioritária. Já o Microsoft Teams ajuda a garantir um fluxo de comunicação mais eficaz com tradução e legenda em tempo real. [Ou ainda] Inovações como o Tradutor da Microsoft, que suporta 64 idiomas, pode traduzir em tempo real e está disponível em várias plataformas”, explica a diretora da empresa.
Mais do que pensar apenas nas necessidades das empresas, o foco da Microsoft está no verdadeiro motor de toda e qualquer organização: as pessoas. Se a jornada de trabalho mudou, a forma de encara-la também não pode ser mais a mesma.
O papel da América Latina
Com a explosão do mercado de fintechs, startups e, consequentemente, unicórnios na América Latina, nunca houve tanta necessidade de ferramentas corporativas e esse é um espaço ainda a ser explorado na região.
O futuro do trabalho não é apenas um mundo com mais automação e robótica, é um futuro de novos tipos de negócios, atividades e possibilidades, algo que tem o potencial de beneficiar profundamente regiões como a América Latina, onde PMEs e startups têm papel fundamental no desenvolvimento econômico.
Mariana Hatsumura, diretora de produtividade da Microsoft Brasil.
Para explorar todo o potencial de mercado da região a diretora de produtividade da Microsoft conta que a empresa conta com uma rede de apoio de parceiros locais – são 80 mil na América Latina, sendo 20 mil apenas no Brasil. A grande proposta da empresa para região é entregar tecnologia com propósito.