Os fundadores da startup de tecnologia de alimentos Olga Ri: Beatriz Samara, Bruno Sindicic e Cristina Sindicic. Foto: Divulgação.
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Foodtech Olga Ri levanta R$ 30 milhões, anuncia segunda cidade e restaurantes físicos

Com terceiro investimento da Kaszek e outros investidores no bolso, startup paulista desembarca no Rio de Janeiro e abrirá dez unidades físicas nas duas cidades.

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A foodtech Olga Ri, especializada em delivery de saladas, bowls e sopas, levantou R$ 30 milhões em rodada de investimento liderada pela Kaszek (é o terceiro aporte do fundo latino-americano na startup brasileira). O aporte teve participação de investidores antigos, como o cineasta e ativista ambiental Fernando Meirelles e o ex-vice presidente da Yoki Gabriel Cherubini, além de novos investidores como a gestora Chromo Invest e o fundo da Endeavor, o Scale-Up Ventures.

Com os novos recursos, a empresa pretende executar dois planos principais: a expansão para novos mercados e o lançamento de restaurantes físicos. Fundada em 2016, a Olga Ri opera via aplicativos tradicionais, como o iFood, mas também tem sua própria plataforma, destinada à fidelização dos clientes.

Entre os planos da startup está a expansão para o Rio de Janeiro. Hoje, a Olga Ri possui cinco dark kitchens espalhadas por São Paulo, e pretende triplicar esse número. Além dos serviços de delivery, a startup também pretende abrir pelo menos cinco restaurantes físicos em cada uma das cidades. “A abertura de restaurantes físicos reforça nossa estratégia de construir uma comunidade de clientes engajados, que compartilham de nossos valores. As lojas têm o potencial de tangibilizar nossa marca e são bastante complementares à nossa presença digital”, afirmou Cristina Sindicic, cofundadora e CMO da companhia em release para a imprensa.

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“Queremos continuar desenvolvendo uma cadeia de fornecimento sustentável e adaptar nosso cardápio a cada cidade em que operamos. O McDonald’s sempre se orgulhou em ter o mesmo sanduíche em cada cidade. Nós queremos quase o oposto: que cada cidade tenha ingredientes e criações específicas que valorizem os ingredientes e os sabores locais,” complementou, também em comunicado, outra cofundadora e COP da startup, Beatriz Samara.

Em entrevista ao LABS na última segunda-feira, Bruno Sindicic, cofundador e CEO da foodtech, já tinha adiantado que o Rio de Janeiro era o próximo grande passo da startup e que isso ocorreria ainda 2022. Por ora, a empresa não possui planos de expansão para outras cidades, mas não descarta testar algum mercado de outro país latino-americano no futuro. “É um sonho, mas algo ainda distante. Ainda há muito a se fazer no Brasil. Queremos focar no nosso quintal, no que está mais perto, antes de pensar nisso. Mas, sim, vemos o potencial para expandir, só não chegou o momento. Nossa ideia é começar pela América Latina”, disse o CEO.

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Sindicic também afirmou que a empresa pretende incrementar seu time. “Queremos investir bastante em pessoas de maneira geral. Além de profissionais de tecnologia, contratar pessoas para marketing, operações, etc. Outro ponto importante é que queremos trabalhar na divulgação da marca nesses novos territórios que queremos atender e também para reafirmar nossa imagem nos lugares onde já operamos”, afirmou o CEO.

Com a expansão, a Olga Ri espera terminar 2022 com 10 unidades.