Os co-fundadores da Loft (da esq. para a dir.) João Vianna, Florian Hagenbuch e Mate Pencz.
Os co-fundadores da Loft (da esq. para a dir.) João Vianna, Florian Hagenbuch e Mate Pencz. Foto: Loft/Divulgação
Negócios

Os 10 maiores aportes em startups brasileiras em 2020

O primeiro do ano foi o da Loft, mas quem mais recebeu recursos em 2020 foi o setor de fintech: Neon, Nubank e C6

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2020 foi melhor do que 2019. Uma frase que só faz sentido se aplicada ao contexto de investimentos em startups brasileiras. No último mês deste ano caótico, o uso forçado de ferramentas digitais para a saúde, educação, compras e tantos outros serviços durante a pandemia da COVID-19 ajudou startups do País, que, amparadas pela tecnologia, receberam aportes milionários em meio à crise. 

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Segundo o Distrito, neste ano até novembro, as startups do País receberam US$ 2,85 bilhões ante US$ 2,78 bilhões no ano passado. Só em setembro (o mês mais aquecido) foram US$ 843 milhões. Para Eduardo Fuentes, Venture Capitalist no Distrito, o Brasil deve terminar o ano com cerca de US$ 3.4 bilhões investidos em startups.

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“Setembro e outubro foram responsáveis por mais de US$1 bilhão no mercado brasileiro”, comenta Fuentes. “No final de 2019, era consenso no Distrito que a gente teria um ano de 2020 mais aquecido que o ano de 2019. E isso de fato foi refletido nos primeiros dois meses do ano. A Loft se tornou unicórnio nos primeiros dias de janeiro“, lembra. 

Janeiro e fevereiro foram meses aquecidos de VC. Mas com a pandemia em março os gestores e especialistas do mercado ficaram receosos sobre o futuro nebuloso de 2020. “Chegamos a achar que 2020 não iria bater 2019. Mas à medida que a poeira foi baixando, e que a gente começou a entender o que era de fato essa pandemia em termos de prevenção, diagnóstico, entendemos que houve uma grande mudança para o virtual, e as pessoas começaram a entender que o virtual também funciona, seja para fazer deals, prospecção, marcar reuniões, e o mercado de VC não parou”, disse Fuentes. 

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Os aportes foram em setores que se beneficiaram dos novos hábitos do consumidor, sejam eles financeiros – US$300 milhões para a fintech Neon e R$ 1,3 bilhão para o C6 Bank -, de varejo eletrônico, os US$ 225 milhões para a plataforma de e-commerce VTEX e games, como a unicórnio Wildlife, com um aporte de US$120 milhões. Veja abaixo os 10 maiores aportes de 2020:

  1. Neon – US$300 milhões
  2. Nubank – US$300 milhões
  3. C6 Bank – R$ 1.3 bilhões
  4. VTEX – US$225 milhões
  5. Loft – US$175 Milhões
  6. Conductor – US$150 milhões
  7. Wildlife – US$120 milhões
  8. Acesso Digital – R$ 580 milhões
  9. Nelogica – R$ 550 milhões
  10. Take – US$ 100 milhões
Foto: Divulgação/Distrito

Todos esses aportes foram acima de US$ 100 milhões. Valores que fizeram algumas startups passarem a valer mais de US$ 1 bilhão (como a VTEX e a Loft) e que fizeram o C6 Bank a planejar uma oferta inicial de ações (IPO) em 2021. “Um horizonte de 12 meses para um IPO, com a janela do jeito que está, parece ser um prazo bastante interessante”, disse à Reuters o presidente e fundador do banco digital, Marcelo Kalim.

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