Eduardo del Giglio (CEO) e Renan Mendes (CTO), cofundadores da Caju. Foto: Divulgação Caju/Paulo Vitale
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Startup de benefícios corporativos Caju capta US$ 8 milhões para diversificar produtos financeiros para funcionários

Com o aporte, a empresa de benefícios flexíveis quer oferecer soluções de crédito, gestão de RH, e um produto de eventos

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A Caju, startup de benefícios corporativos, anunciou nesta quarta-feira (4) que recebeu um aporte de US$ 8 milhões (R$45 milhões) em uma rodada Série A liderada pelo Valor Capital Group e Caravela Capital e co-liderada pela Volpe Capital

A rodada também contou com a participação do fundo europeu Picus Capital, a nova iorquina FJ Labs e a californiana Clocktower Technology Ventures

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Originário do Brasil, o Caju é um pseudofruto em que é possível fazer suco, aproveitar a castanha para fazer farinha e usar a polpa para fazer caipirinha. A multiplicidade de coisas possíveis de se fazer com o Caju é o porquê do homônimo da startup brasileira. A Caju emite cartões corporativos com a bandeira Visa e oferece seguros e opções para trocar benefícios por assinaturas Netflix, Spotify, entre outros. Os clientes podem transferir saldos entre seis categorias: refeição, alimentação, mobilidade, cultura, educação e saúde. O cartão da Caju funciona como pré-pago, ou seja, só é possível utilizar o saldo disponível. 

Renan Mendes (CTO) e Eduardo del Giglio (CEO), cofundadores da Caju. Foto: Divulgação Caju/Paulo Vitale

A Caju entrou no mercado para brigar pela diversificação dos benefícios corporativos com grandes concorrentes tradicionais do setor, desde a experiente Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas do grupo Elopar – que tem Banco do Brasil e Bradesco como sócios, a Ticket (da francesa Edenred) e a também francesa Sodexo.

Eduardo del Giglio (CEO) e Renan Mendes (CTO) começaram a construir a plataforma da Caju em 2019. “As empresas têm cada vez mais dificuldade de atração e retenção de talentos. Pensei que a Caju poderia ser uma ferramenta poderosa para ajudá-las neste sentido”, disse Giglio, em entrevista ao LABS

A Caju nasceu em 2020 com um aporte inicial de R$ 13 milhões do Canary e da Valor Capital Group. Desde então, a startup foi do zero para as “milhares” de empresas clientes, diz Giglio, que não divulga o número. Entre os clientes, estão algumas das principais empresas de tecnologia do país, como Loft, PicPay, Gympass, Olist, RD Station, Wildlife Studios, Rappi, Mercado Bitcoin e Pipefy, além da Dafiti, SKF, Armac e Bemol.  

Hoje, a Caju está presente em mais de 400 cidades em todos os estados do Brasil e planeja atingir 1 milhão de usuários em 2022. 

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“O colaborador é a coisa mais importante da empresa e a Caju é a empresa do colaborador. Queremos trazer novas soluções e serviços”, conta Giglio. A ideia é que após a contratação, o funcionário receba o cartão de benefícios e pelo aplicativo da Caju consiga investir em previdência, de forma que a empresa possa co-participar, e definir beneficiários de seguro de vida, produto que a startup já está oferecendo. 

A Caju também estuda prover soluções de crédito como adiantamento de salário – como a fintech entrante Quansa pretende fazer no Brasil – e consignado. “Acho que cada empresa competidora está atacando de um jeito esse problema [do mercado de benefícios tradicional]. Estamos partindo de uma situação em que os colaboradores não eram tão bem servidos”, diz Giglio. 

Com o aporte, a ampliação do portfólio de produtos da Caju também passa por soluções de gestão para os Recursos Humanos e a criação de um produto de eventos.

A startup conta hoje com um time de 40 pessoas e pretende dobrar a equipe até o final do ano, com vagas abertas para a área de tecnologia e produto. “No ano passado tínhamos a visão de que o mercado de benefícios tinha produtos muito antigos e que precisava se modernizar.  Queremos fazer isso com outros segmentos, sempre com o colaborador no centro”, disse. 

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