Matchbox startup de tecnologia para RH
Kleber Piedade, fundador e CEO da startup de soluções para recrutamento Matchbox. Foto: Divulgação
Negócios

Combinando chatbots e marketing, a startup Matchbox quer ser o "RD Station do recrutamento de talentos"

Depois de dobrar de tamanho em 2021, a startup busca investimento para acelerar o desenvolvimento de suas soluções de comunicação corporativa

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Os investimentos em startups brasileiras seguem batendo recordes no mercado brasileiro e, com isso, os profissionais de áreas ligadas à tecnologia se mantém entre os mais requisitados — e difíceis de contratar. Nesse cenário, os profissionais têm mais poder de barganha na hora da contratação. Para lidar com a concorrência, os líderes de RH passaram a adotar novas ferramentas na caça pelos melhores nomes.

O foco da Matchbox é ajudar nesse processo: a startup aplica táticas de marketing para o momento da seleção. Recentemente, a companhia também expandiu sua atuação para o segmento de experiência dos colaboradores, ao anunciar a aquisição da HR Bot.

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A startup comprada em novembro é dona de um assistente virtual com inteligência artificial e machine learning, que fornece respostas às perguntas rotineiras dos colaboradores. Sua tecnologia de chatbots deve ser integrada ao carro-chefe da Matchbox, o software Spark.

O fundador e CEO da Matchbox, Kleber Piedade, conta que o software se inspira no RD Station, solução de automação de marketing, para criar uma experiência melhor e mais ágil da seleção de colaboradores. “Usamos todo o conceito de funil de marketing. Nossa plataforma, Spark, é o equivalente ao RD Station para recrutamento. Você atrai o candidato, cria e nutre o relacionamento com ele, e qualifica esse ‘lead’ para essa pessoa vir trabalhar na sua empresa”, explica.

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Um levantamento da consultoria CareerBuilder indica que 60% dos entrevistados desistem do processo seletivo. Ao mesmo tempo, cresce o número de usuários que usam as redes sociais na busca por uma nova colocação. Para facilitar o recrutamento, o executivo aponta que o relacionamento é essencial.

As empresas são tão boas quanto as pessoas que trabalham nelas. Hoje, o principal ativo de valor das organizações são os profissionais.

Kleber Piedade, CEO da Matchbox

Atualmente, a companhia empresa ajuda clientes como Ambev, OLX, Natura, Vivo e Via a terem mais agilidade em seus processos de contratação. Com um time de 90 pessoas, a companhia dobrou de tamanho e alcançou o faturamento de R$ 7 milhões em 2021.

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Segundo o fundador da Matchbox, o principal diferencial da startup est´á na preocupação com a comunicação com os candidatos — feita por meio de chatbots e jornadas de e-mail personalizadas. Assim, a companhia acredita que oferece uma experiência mais empática e com mais engajamento.

As estratégias usadas hoje não funcionam mais. Se você pede para um desenvolvedor ou um talento de ponta do mercado entrar em qualquer plataforma e preencher 40 minutos de testes, isso não vai acontecer

Kleber Piedade, CEO da MAtchbox

Para alcançar o patamar de parceiro estratégico dos times de recursos humanos, a HR Tech aposta em uma solução que se conecte com outras ferramentas famosas no setor, como Gupy e Kenoby. “Enquanto essas soluções olham mais para a dor do RH, solucionamos a dor do talento e, por meio disso, a gente pode gerar mais valor para as empresas. São soluções complementares, mas a gente entende que o Spark é a melhor plataforma para se comunicar com esses profissionais”, afirma Piedade.

Em busca do próximo aporte

Atualmente, a HR Tech negocia uma cheque de R$ 8 milhões com investidores e fundos e pretende acelerar áreas, como: produto, marketing e vendas.

“Chegamos até aqui com pouco dinheiro de investidores e estamos preparando a companhia para esse crescimento exponencial. É o momento de entender as prioridades e como a gente acelera essa geração de valor para os nossos clientes e, ao mesmo tempo, o crescimento da startup”, conta o CEO da Matchbox.

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A rodada ainda deve intensificar as atividades da startup para iniciativas de educação do mercado. De acordo com Piedade, é preciso ressaltar o valor estratégico dos profissionais de recursos humanos.

“Quero que o profissional de RH olhe para trás daqui a cinco anos e fale: ‘não acredito que em 2021 eu selecionava e me relacionava com talentos daquela forma’. A nossa ideia é mudar as regras do jogo desse mercado, a partir do momento em que a gente coloca o holofote no colaborador. É algo ambicioso, mas acreditamos que é o futuro”.

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