Daki JOKR aporte
Rodrigo Maroja, Rafael Vasto e Alex Bretzner, cofundadores da Daki. Foto: Gabriel Reis/Daki/Divulgação
Negócios

Novo unicórnio: JOKR, que opera como Daki no Brasil, fecha rodada de US$ 260 milhões

Com menos de um ano de vida, a startup de entrega rápida atingiu uma avaliação de US$ 1,2 bilhão; investimento deve ajudar na expansão das atividades no Brasil e na América Latina

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Velocidade é essencial para uma startup como a JOKR, que promete entregar as compras de seus consumidores em 15 minutos. Ao que parece, companhia também leva essa agilidade na negociação de seus aportes. Em menos de um ano de atuação, a empresa anuncia em parceria com sua subsidiária brasileira, a Daki, o fechamento de uma rodada série B de US$ 260 milhões.

O novo aporte, divulgado ao mercado nesta quinta-feira (2), faz com que a dupla alcance o posto de unicórnio (startups com avaliação superior a US$ 1 bilhão). Hoje, o grupo como um todo passa a valer US$1,2 bilhão.

A rodada tem a participação dos investidores Activant Capital, Balderton, Greycroft, G-Squared, HV Capital, Kaszek, Mirae Asset, Monashees, Moving Capital, Tiger Global, dentre outros. Com o capital, a Daki deve impulsionar sua expansão no Brasil, enquanto a marca JOKR mira nos mercados de América Latina e dos Estados Unidos.

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Para Ralf Wenzel, CEO e um dos fundadores da JOKR, que já opera em 15 cidades pelo mundo com mais de 200 lojas espalhadas, o novo investimento veio em tempo recorde por conta da experiência entregue pela startup.

“Estamos muito orgulhosos do que construímos com a JOKR e a Daki, e o anúncio de hoje é mais uma prova de como conseguimos remodelar toda uma indústria em apenas alguns meses. Hoje fazemos parte do dia-a-dia das pessoas. Nossos clientes no Brasil, América Latina e nos EUA adoram nossa oferta de entrega ultrarrápida de mercado, com o GMV [volume bruto de mercadoria, na sigla em inglês] crescendo em média 15% todas as semanas”, comenta o empreendedor.

Correndo por entregas rápidas e rentabilidade

Com sede em Nova York (EUA), a JOKR realizou sua fusão com a startup brasileira Daki em 2021. No Brasil, as operações são controladas pela Daki, que atua como uma subsidiária. A startup brasileira já conta com mais de 60 lojas entre São Paulo, ABC Paulista, Campinas, Guarulhos, Rio de Janeiro e Niterói.

A plataforma informa um um crescimento de 933% no último trimestre. Com o investimento, a ideia é atingir mais capitais: Belo Horizonte deve ser uma das primeiras, com mais cidades recebendo o serviço no começo de 2022. Antes de completar um ano, a empresa pretende chegar a 100 lojas no país.

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“É um prazer enorme contar com empresas globais tão importantes investindo na gente, isso só mostra que estamos indo pelo caminho certo, crescendo com velocidade, mas principalmente com qualidade. Essa nova rodada veio para acelerar ainda mais nossa expansão no país e cumprir o nosso objetivo de revolucionar o hábito da população em fazer compras de mercado, tornando o varejo cada vez mais espontâneo e prático. Estou muito orgulhoso do que estamos construindo, do time que montamos e do que já alcançamos”, comenta Rafael Vasto, CEO e cofundador da Daki.

O novo unicórnio também tem um foco — compartilhado por JORK e Daki — de tornar seus negócios rentáveis com a mesma agilidade das entregas. “Nós pensamos em rentabilidade desde que colocamos o negócio de pé. É algo que nós estamos gerenciando e um dos pontos que torna o nosso negócio atrativo para esse tipo de rodada de investimento”, explica Vasto.

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A startup segue um modelo vertical, ou seja, com loja, estoque e compradores próprios, além de entregadores dedicados. Assim, a Daki consegue garantir a melhor experiência ao cliente, já que possui o controle de todo o processo da compra, possibilitando a entrega em até 15 minutos, gratuita e sem erros. E, além disso, controlar também os ganhos reduzindo o número de intermediários nas transações.

“A equipe da Daki e da JOKR conseguiu expandir seus negócios em um ritmo sem precedentes. Investir neles é um investimento no futuro do e-commerce, já que a equipe está revolucionando o varejo, bem como o hábito da população em fazer compras de mercado. Vamos acompanhar de perto enquanto eles continuam a missão de tornar o varejo cada vez mais personalizado e sustentável”, comenta Carlo Dapuzzo, um dos sócios da Monashees, que pela segunda vez investe no grupo.

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