Nascido de uma joint-venture entre Globosat e quatro dos maiores estúdios de Hollywood (FOX, MGM, Paramount e Universal) no início dos anos 1990, o Telecine estreou no mundo dos streamings em outubro deste ano. A marca que já tinha caído no gosto dos telespectadores da televisão por assinatura, quer ser conhecida agora como uma empresa de entretenimento que usa a tecnologia para comercializar filmes de diversas formas, seja na TV linear ou no streaming.
Em um mercado hoje dominado pelo Netflix, mas que já começa a ganhar concorrentes de peso como Disney+ (que já foi lançada nos EUA e no Canadá, mas desembarca no Brasil em 2020) e Apple + (que estreou neste mês no país), o Telecine conta mesmo é com uma boa curadoria de filmes para se destacar.
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A tagline da nova fase, aliás, é esta: “o seu streaming de filmes”. Em entrevista ao LABS, a diretora de Marketing do Telecine, Flavia Hecksher, explicou que o Telecine é um hub de cinema que tem como trunfo justamente ser a primeira janela de exibição das criações dos quatro grandes estúdios parceiros.
A chegada de outros players era algo esperado, mas o Telecine é único no seu nicho. Somos uma marca especialista em cinema, 100% dedicada a filmes. Seguimos colocando nosso consumidor no centro do negócio, oferecendo planos atrativos e conteúdo diversificado para nossos usuários
FLAVIA Hecksher, diretora de Marketing do Telecine.
A diretora não comentou se a compra da Fox pela Disney no começo deste ano e o lançamento do Disney + muda alguma coisa no acordo de exclusividade.
Questionada se a chegada da marca ao streaming não dividiria as atenções também internamente no grupo Globo, que vem investindo muito no Globoplay e em uma estratégia de media tech, Hecksher disse acreditar que as duas propostas são complementares, não concorrentes.
“Somos coprodutores do cinema nacional, além de ter parcerias com [os estúdios]. Por isso, acreditamos na complementariedade. O Telecine como hub de cinema e o Globoplay com séries e outros programas do grupo. Inclusive, temos um combo que dá um desconto de 20% para o assinante que assinar os dois serviços”, disse ela.
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A interface não foge muito do que está disponível no mercado. É clara a inspiração do Telecine no Netflix para isso. A missão agora é implementar novas soluções de machine learning para buscar uma personalização maior do catálogo de mais de 2 mil filmes para o usuário – afinal, o mote do Telecine é a curadoria.
A recriação da marca fez questão de manter a cara do cinema, não fugindo muito da estratégia já conhecida do Telecine de identificar os diferentes canais e vertentes da rede–agora também streaming– por cores.
“A nova marca traduz não apenas a sua referência no universo do cinema, mas também a sua nova estratégia de negócio. Buscamos elementos com cores vivas que representam essa evolução e o momento de transformação do Telecine”, destaca Victor Seabra, gerente de Comunicação & Branding da Globosat.