Economia

Senado da Argentina aprova acordo de dívida de R$ 45 bi com FMI. Agora país precisa do OK do conselho do fundo

O OK final do fundo pode liberar US$ 10 milhões do novo financiamento e também evitar que a Argentina tenha de pagar uma parcela de US$ 2,8 bilhões com vencimento na próxima semana

Congresso Nacional da Argentina, em Buenos Aires 17/03/2022. REUTERS/Agustin Marcarian
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O Senado da Argentina aprovou na noite de quinta-feira um acordo da dívida de US$ 45 bilhões do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI), convertendo o pacto em lei e garantindo que o país economicamente prejudicado possa evitar outro calote. Agora, o acordo também precisa passar pelo conselho do fundo, que deve se reunir nos próximos dias.

O OK final do fundo pode liberar US$ 10 milhões do novo financiamento e também evitar que a Argentina tenha de pagar uma parcela de US$ 2,8 bilhões com vencimento na próxima semana que o país terá dificuldades para fazer.

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Após um longo debate, o acordo de reestruturação da dívida com o FMI, apoiado pelo presidente Alberto Fernández, foi aprovado com 56 votos a favor, 13 contra e três abstenções.

O governo peronista de centro-esquerda do país sul-americano fechou um acordo com funcionários do órgão credor internacional no início de março, que foi aprovado na semana passada pela Câmara dos Deputados da Argentina.

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O acordo estabelece um novo cronograma de financiamento ao longo de um período de 30 meses para substituir um programa fracassado de US$ 57 bilhões, que o país produtor de grãos não conseguiu pagar após anos de recessão, inflação em espiral e fuga de capitais.