O ministro das Finanças da Argentina, Martin Guzmán, está buscando um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para pagar dívidas de até US$ 44 bilhões, informou o Wall Street Journal nesse sábado, 30.
Segundo a reportagem, o programa pagamento de longo prazo que Guzmán solicitou ao FMI prorrogaria o pagamento da dívida argentina em até uma década, incluindo US$ 5 bilhões cujo prazo para pagamento acaba nesse ano.
Ainda assim, o país terá que encontrar uma forma de reduzir gastos ou aumentar receitas, já que Guzmán planeja reduzir o déficit orçamentário da Argentina para cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2020, esse índice era de 8,5% do PIB.
Para o jornal, Guzmán disse ainda que a gradual estabilização da economia argentina visa estimular o crescimento e reduzir a inflação em cinco pontos ao ano. Com o aumento da receita do governo, seria possível conter a impressão de dinheiro para cobrir despesas, medida que aumenta a inflação (em 2020, ela chegou a 36%).
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Segundo análise dos jornalistas Santiago Pérez e Ryan Dube, o acordo entre o governo argentino e o FMI pode encontrar resistência na vice-presidente Cristina Kirchner. Defensora de uma forte política de intervenção estatal, Cristina preside o Senado, que precisa aprovar o acordo com o FMI.