- Nos primeiros oito meses do ano, os preços ao consumidor acumularam alta de 32,3%;
- Até o fim do ano, projeta o governo argentino, a inflação pode atingir alta de 45,1%.
Enfrentando uma inflação persistente que tem corroído o poder aquisitivo da população, a Argentina anunciou o aumento do salário mínimo do país para ARS 31.104 por mês a partir de setembro e para ARS 31.938 a partir de outubro. Em fevereiro de 2022, um novo aumento está previsto, para ARS 32.616. Com isso, no total, o salário mínimo do país terá aumentado 55,3% em 2021, disse o ministro da Economia, Martín Guzman no Twitter.
O aumento do salário mínimo também faz parte do pacote de medidas econômicas que o governo está tentando implementar após a derrota eleitoral nas primárias. “Hoje, o salário é um pouco mais justo”, disse o presidente Alberto Fernandez. “Um pouco” porque apesar do reajuste, o novo valor em fevereiro ainda está bem abaixo do custo de uma cesta básica de alimentos e serviços para uma família média no país, que atualmente gira em torno de ARS 68.359.
Nos primeiros oito meses do ano, os preços ao consumidor acumularam alta de 32,3%. Até o fim do ano, projeta o governo argentino, a inflação pode atingir alta de 45,1%.
Também como parte das medidas, a Argentina anunciou na quarta-feira (22) que aumentará a base salarial mínima sobre a qual se paga o imposto de renda, em uma tentativa de melhorar o poder aquisitivo dos trabalhadores.
Os trabalhadores que recebem um salário bruto mensal de até ARS 175.000 ficarão isentos de impostos. Também não será tributado o salário anual complementar (equivalente ao décimo terceiro brasileiro). Até agora, o piso sobre o qual se pagava o tributo era de ARS 150.000.