- Os desligamentos têm sido contidos no mercado formal pelo programa de estímulo ao emprego BEm, que oferece uma complementação de renda a trabalhadores que tenham seus contratos temporariamente suspensos ou sofram redução de jornada e salário;
- Em julho, o setor de serviços respondeu pela criação líquida do maior número de vagas, 127.751, seguido por comércio (74.844 vagas).
O Brasil registrou a abertura de 316.580 vagas formais de trabalho em julho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia. Em 2021, o país acumula agora a criação de 1.848.304 empregos com carteira assinada. No mesmo período de 2020, haviam sido fechadas 1.092.578 vagas formais.
Ao comentar os dados, o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, disse que a expectativa é de que o país feche o ano com a criação de “bem mais” de 2,5 milhões de postos formais. Em julho, o setor de serviços respondeu pela criação líquida do maior número de vagas, 127.751, seguido por comércio (74.844 vagas).
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Os desligamentos têm sido contidos no mercado formal pelo programa de estímulo ao emprego BEm, que oferece uma complementação de renda a trabalhadores que tenham seus contratos temporariamente suspensos ou sofram redução de jornada e salário.
Este ano, foram feitos 3,271 milhões de acordos no âmbito do Bem. O programa, implementado pela primeira vez em 2020, termina este mês, e uma Medida Provisória em tramitação no Congresso prevê a prorrogação apenas para trabalhadores gestantes, então o número de empregadores efetivamente protegidos diminuirá gradualmente nos meses à frente.
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“Projetamos desaceleração gradual na criação líquida de postos daqui para frente, devido especialmente ao menor número de acordos empregatícios regidos pelo BEm e taxas mais moderadas de contratação nos setores de serviços e comércio (o que deve ficar mais evidente a partir do último trimestre de 2021)”, disse em nota o economista da XP Rodolfo Margato.