Economia

Colômbia é o país que mais cresce na América Latina

O PIB do país cresceu 3,3% em 2019. O Brasil, maior economia da região, por outro lado, pode não ter alcançado 1%

A economia colombiana é a que mais cresce na América Latina. Segundo o jornal La Republica, o PIB do país avançou 3,3% em 2019, um pouco abaixo da expectativa oficial do MinHacienda, o Ministério da Economia das Finanças e do Crédito do país, de 3,6%. O Brasil, maior economia da região, por outro lado, pode não ter alcançado 1%, segundo um indicador prévio divulgado na sexta-feira pelo Banco Central do país.

No caso da Colômbia, o grupo de atividades que inclui comércio, transporte, hospedagem e alimentação foi um dos grupos que mais contribuíram para o resultado, com avanço de 4,9% no ano passado, acima do de 2018, quando a categoria cresceu 2,7% sobre o ano anterior.

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De maneira geral, tanto o consumo interno (que cresceu 4,6%) quanto a formação bruta de capital (que mede o investimento privado no país e avançou 4,3%) teriam feito a economia colombiana andar para frente no ano passado. A diferença entre o resultado obtido e o esperado foi creditada pelas autoridades à pouca atração de investimentos externos.

De fato, a Colômbia não tem o mesmo peso de atração que Brasil, a maior economia da região. O Brasil, por outro lado, pode não ter alcançado nem 1% de crescimento no último ano.

Também na sexta-feira (14), foi divulgado Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), indicador que é considerado a prévia do PIB do país. Segundo o indicador, o Brasil cresceu 0,89% no ano passado, bem abaixo das expectativas de 1,12% do Boletim Focus, a pesquisa semanal que o Banco Central faz com mais de 100 instituições financeiras.

O número oficial do PIB do Brasil será divulgado em março pelo IBGE. Se confirmada a prévia, o país terá tido o terceiro ano de seguido de expansão da economia, mas aquém do esperado.

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É importante lembrar que os resultados do IBC-Br nem sempre batem com o PIB oficial. O índice do BC incorpora estimativas para a agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos. Todas essas áreas podem trazer resultados efetivos diferentes dos estimados anteriormente.

De maneira geral, 2020 será um ano de desaceleração, quase estagnação para as economias mais desenvolvidas. Os Estados Unidos devem crescer menos de 2%, a China deve desacelerar de 6,2% para 5,7% e a economia mundial como um todo, estimam FMI e outras instituições, crescerá em torno de 3%. 

São os emergentes, de diferentes continentes, incluindo o latino-americano, que farão o ponteiro mexer. E o Brasil é o principal candidato para liderar esse movimento.