Economia

Economia argentina cresceu 10,3%, maior avanço em 17 anos

Seguindo a linha de seus vizinhos latino-americanos, a Argentina viu o PIB avançar 10,3% no ano passado, mas continua a lutar duramente contra a inflação

Mulher compra doces em loja em Buenos Aires, Argentina 11/01/2022. Foto: REUTERS/Agustin Marcarian/ Arquivo.
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A economia da Argentina cresceu 10,3% no ano passado, ligeiramente acima das previsões, assim como a taxa de desemprego, que caiu, e os indicadores do comércio do país sul-americano, que também mostraram reação.

O governo disse que o crescimento em 2021, acima da previsão de 10%, foi o maior em pelo menos 17 anos, impulsionado pela flexibilização das restrições impostas durante a pandemia da COVID-19. “Esse é o maior crescimento desde o início da série, em 2004, superando a maior variação anterior, registrada em 2010”, disse o Ministério da Economia em comunicado.

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A economia cresceu 8,6% no último trimestre do ano frente ao mesmo período de 2020.

Já a taxa de desemprego caiu para 7% no quarto trimestre de 2021, disse a agência oficial de estatísticas, bem abaixo das expectativas do mercado de 8,5%. Foi a leitura mais baixa desde 2015.

Argentina, um grande produtor de grãos, está lutando contra baixas reservas em moeda estrangeira, inflação galopante acima de 50% e uma crise cambial que forçou o país a impor rígidos controles de capital.

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Ainda na terça-feira (22) à noite , o Banco Central argentino elevou a taxa básica de juros em 2 pontos percentuais, para 44,5%, terceiro aumento este ano. A autoridade monetária disse que buscará colocar a taxa referencial na trajetória de “retornos reais positivos sobre investimentos em moeda local e preservar a estabilidade monetária e cambial”, indicando mais altas com a inflação acima de 52%.

Controlar a inflação é um ponto chave da renegociação da dívida do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI), cujo conselho deve se reunir na sexta-feira (25) para o aval final ao acordo aprovado pelo Senado argentino semana passada.