Economia

Novo presidente argentino vai à Europa renegociar dívida com FMI

O fundo não liberará o empréstimo de US$ 57 bilhões se não houver sinalização de reformas

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  • Entre 2017 e 2018, a Argentina negociou um empréstimo de US$ 57 bilhões com o FMI, que ainda não foi liberado porque a situação econômica do país se deteriorou.;
  • inflação estourou – deve chegar a mais de 57% até o fim de 2019.

Segundo os jornais Valor Econômico e El Cronista, o presidente eleito argentino Alberto Fernández está de viagem marcada para a Europa para renegociar a dívida do país latino-americano com o FMI. A viagem acontecerá antes que ele assuma o cargo, em 10 de dezembro.

No itinerário, de acordo com as duas publicações, estão França, Itália e Alemanha. Ainda em setembro, Fernández se reuniu com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, e com o presidente de Portugal, Antonio Costa.

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Entre 2017 e 2018, a Argentina negociou um empréstimo de US$ 57 bilhões com o FMI, que ainda não foi liberado porque a situação econômica do país se deteriorou.

A inflação estourou – deve chegar a mais de 57% até o fim de 2019 – e a dívida do país continuou alta, deixando pouco espaço para investimentos. A dívida do país, segundo informações da AFP, chega a US$ 315 bilhões – valor que o governo diz equivaler a 68% do PIB do país, enquanto agências de classificação de risco dizem ser quase 100%.

O FMI não vai liberar o empréstimo sem ter a sinalização concreta de que reformas serão feitas – e isso agora depende de Fernández.