Economia

Governo brasileiro e Congresso tentam viabilizar novo auxílio emergencial

Estudos para cortar gastos e dar espaço para uma ajuda R$ 250 por quatro meses devem ser finalizados ainda esta semana. Mas há pressão de alguns congressistas por uma valor maior

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Foto: Shutterstock
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  • Expectativa é de que o novo auxílio comece a ser distribuído em março;
  • Para isso, uma agenda com propostas para abrir espaço fiscal e reformas precisa ser encaminhada ao Congresso.

O governo federal está elaborando em conjunto com representantes do Congresso o texto para viabilizar novo auxílio emergencial, numa estratégia adotada para acelerar a futura votação e evitar eventuais desgastes, disse à Reuters uma fonte próxima das negociações.

A ideia é viabilizar o novo auxílio já em março, mas são necessárias compensações que criem espaço para o socorro que pode alcançar até 30 milhões de brasileiros.

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“As equipes técnicas do Ministério da Economia e do Congresso estão trabalho juntas nesse processo”, disse a fonte à Reuters. “Isso pode dar celeridade.”

Os estudos para viabilizar a ajuda de R$ 250 por quatro meses devem ser finalizados ainda esta semana. Mas há pressão de alguns congressistas por uma valor maior.

“Essa é uma matéria sob exame“, disse a fonte. “Temos que ter compromisso com a saúde mas também com a responsabilidade fiscal. Por isso a importância de passar a PEC de Guerra e o Pacto Federativo“, completou.

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Na véspera, fonte do governo informou à Reuters que a expectativa é de o governo federal viabilizar em até três semanas o novo auxílio emergencial, que seria de R$ 250 e duraria até quatro meses, desde que seja encaminhada uma agenda pelo Congresso Nacional que inclua votação de propostas para abrir espaço fiscal e reformas.

Em 2020, o governo brasileiro pagou auxílio emergencial a 64 milhões de desempregados, microempreendedores individuais e trabalhadores autônomos, gerando um custo de quase R$ 300 bilhões aos cofres públicos.