Economia

Após queda de reservas durante período eleitoral, Argentina limita câmbio a US$ 200 por mês

Medida foi anunciada nesta segunda pelo Banco Central do país

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  • O peronista Alberto Fernández foi eleito presidente no domingo com 48,1% dos votos;
  • A decisão do Banco Central foi necessária para conter a queda de reservas de dólar do país.

Nesta segunda-feira (28) pós-eleições, o Banco Central da Argentina aumentou ainda mais o controle sobre o mercado de câmbio. A medida é necessária para preservar as reservas internacionais do país, insuficientes para conter a escalada da moeda norte-americana sobre o peso argentino. 

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“Na semana passada, observamos uma demanda importante por dólares. Dado o risco disso ser mantido nesta semana, decidimos aprofundar os controles. A partir de hoje (segunda-feira), reduzimos o valor máximo que as pessoas podem comprar para 200 dólares por mês” anunciou o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, segundo informações da AFP ao jornal O Estado de Minas.

O peronista Alberto Fernández foi eleito presidente no domingo com 48,1% dos votos, frustrando as aspirações de reeleição do presidente liberal Mauricio Macri (40,3%).

Na semana passada, o peso depreciou 5,86% e fechou em 65 pesos por dólar.

Desde as primárias em agosto, quando a chapa de Fernández e Cristina Kichner mostrou-se a favorita para essas eleições, “as reservas caíram US$ 22 bilhões”, segundo informou Sandleris.