Economia

Países da América Latina adotam medidas de ajuda financeira para combater impactos da pandemia

Argentina, Chile, Peru e Brasil adotaram medidas para ajudar os mais afetados pela crise econômica provocada pelo coronavírus

Foto: Shutterstock
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  • Na Argentina, o governo anunciou uma ajuda de 10.000 pesos (cerca de US$ 155) para os trabalhadores entre 18 e 65 anos que estavam sem fonte de renda;
  • O Congresso chileno aprovou na sexta-feira passada um benefício de 50.000 pesos (cerca de US$ 60);
  • No Peru, o benefício – anteriormente de 380 soles – será estendido para 760 soles (cerca de US$ 220);
  • No Brasil, a ajuda financeira de até R$ 1.200 (cerca de US$ 230) para famílias de baixa renda e ainda precisa passar pelo Senado nesta semana.

Em um esforço para mitigar o impacto do coronavírus na economia, especialmente de famílias que ficaram sem renda devido à quarentena, alguns países latino-americanos lançaram programas de ajuda financeira nos últimos dias. Confira abaixo as ações da Argentina, Chile, Peru e Brasil:

Argentina

O governo argentino anunciou uma ajuda de 10.000 pesos (cerca de US$ 155) para os trabalhadores entre 18 e 65 anos que não têm fonte de renda, formal ou informal, devido à interrupção de suas atividades econômicas. Inicialmente, será um pagamento único em abril, mas, segundo o governo, o benefício poderá ser estendido em maio, se a determinação do isolamento total permanecer. “Queremos garantir que todos os argentinos estejam protegidos dessa crise”, explicou o ministro da Economia Martín Guzmán. Segundo o jornal argentino Clarín, o benefício deve atingir 3,6 milhões de famílias.

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Chile

O Congresso chileno aprovou, na sexta-feira (27) à noite, o pagamento de um bônus para apoiar famílias e micro, pequenas e médias empresas, devido ao impacto econômico que o vírus da COVID-19 está gerando.

O benefício – 50.000 pesos (cerca de US$ 60) – foi, inicialmente, destinado a quase dois milhões de pessoas que são beneficiárias do Subsídio Familiar e do Subsistema “Valores Mobiliários e Oportunidades” – mas depois foi atualizado para atingir os correspondentes aos mais vulneráveis 60% da população, que não têm responsabilidades familiares e que são, até o momento, beneficiários de subsídios do Estado. Com o exposto, o número de beneficiários sobe para cerca de 2 milhões e 670 mil pessoas, como informou a mídia local La Tercera. A expectativa é que o benefício esteja disponível para retirada em abril.

Peru

O Ministério do Desenvolvimento e Inclusão Social do país aprovou a lista de famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza que receberão o subsídio de 380 soles (cerca de US$ 110), ordenadas pelo governo a reduzir o impacto econômico causado pelo coronavírus. Conforme informado por El Comercio, a Ministra do Desenvolvimento e Inclusão Social, Ariela Luna, destacou inicialmente que 2.750.000 famílias, o que representa 9 milhões de peruanos, de todo o país se beneficiariam da assistência econômica.

Segundo o jornal local El Peruano, o presidente Martín Vizcarra anunciou que o bônus para famílias vulneráveis ​​durante a emergência nacional será atualizado para um total de 760 soles (cerca de US$ 220). Em uma entrevista coletiva, ele explicou que, inicialmente, o vínculo era de 380 soles, porque era destinado a um período de 15 dias, mas, como o período de emergência é estendido, o benefício será o dobro. A quantidade será liberada gradualmente.

No Brasil, como informado anteriormente pelo LABS, a ajuda financeira de até R$ 1.200 (cerca de US$ 230) para famílias de baixa renda ainda precisa passar pelo Senado nesta semana, para que o auxílio seja disponibilizado à população o mais rápido possível.