Economia

Presidente argentino se reúne com chefe do FMI e busca acordo rápido

A Argentina busca renegociar uma dívida de US$ 45 bilhões com o FMI, que foi contraída durante a gestão anterior

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  • A Argentina passa por uma profunda recessão com uma inflação elevada que, segundo analistas, pode chegar a 50% em 2021;
  • Fernández está em uma viagem pela Europa com o ministro da Economia, Martín Guzmán, em busca de apoio para renegociar a dívida.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, reuniu-se nesta sexta-feira (14) com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e expressou seu desejo de chegar a um acordo favorável ao país.

“O compromisso é chegar a um acordo o mais rápido possível, mas não podemos pensar em um acordo que exija maiores esforços do povo argentino”, disse Fernández após uma reunião com Georgieva em Roma.

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Fernández está em uma viagem pela Europa com o ministro da Economia, Martín Guzmán, em busca de apoio para renegociar a dívida milionária do país com o FMI e o Clube de Paris.

Após a reunião, Georgieva disse que “nos comprometemos a continuar trabalhando juntos em um programa apoiado pelo FMI que possa ajudar a Argentina e seu povo a superar esses desafios, fortalecendo a estabilidade econômica, protegendo os mais vulneráveis e estabelecendo as bases para um crescimento mais sustentável e inclusivo”.

“Também tomei nota do pedido do presidente Fernández de reformar a política de sobretaxas do FMI e irei consultar os nossos membros sobre esse assunto”, acrescentou Georgieva em um comunicado do FMI.

O país sul-americano busca renegociar uma dívida de US$ 45 bilhões com o FMI, que foi contraída durante a gestão anterior, e de 2,4 bilhões de dólares em dívida com o Clube de Paris.

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“Foi uma reunião construtiva na qual insisti nas minhas propostas que têm a ver com a redução das sobretaxas, ampliar os prazos e compreender que o mundo está vivendo um momento único e que, portanto, temos que atender a essa singularidade”, disse Fernández.

“(Georgieva) é uma mulher muito consciente da situação em que o mundo vive e é muito compreensiva com a situação argentina“, acrescentou o presidente.

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A Argentina passa por uma profunda recessão com uma inflação elevada que, segundo analistas, pode chegar a 50% em 2021.