- Atualmente, 31% das 40 redes de lojistas ouvidas pela scale up estão trabalhando em home office, e 28% mantêm trabalho presencial para uma parte pequena de seus funcionários.
- A maior preocupação dos empresários neste momento é a saúde financeira das lojas associadas (34%), seguida do não cumprimento dos acordos comerciais com o fornecedores.
No início de abril, a Área Central, scale up especialista em gestão de redes e centrais de negócios, realizou uma pesquisa com gestores de redes associativas de varejo e seus associados para verificar o quanto eles foram afetados pela crise da COVID-19, quais as estratégias criadas para superar o momento vivido e como, afinal, eles gostariam de ter se preparado melhor para tudo isso.
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A empresa ouviu empresários responsáveis por 40 redes, que reúnem cerca de 3,7 mil lojas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste do país. Além do crescimento nas vendas de alguns segmentos, como supermercados (44,34% entre a primeira e a segunda quinzena de março, e mais 1,77% na primeira quinzena de abril), e da queda em outros, como móveis e eletrodomésticos (33,91% entre a primeira quinzena de março e a primeira de abril), o levantamento também perguntou aos clientes da Área Central sobre o que as redes e seus lojistas poderiam ter feito para se preparar previamente para a crise.
Os associados responderam que gostariam de:
- ter implantado e-commerce para o grupo de lojas e iniciado o uso das redes sociais para a venda de produtos com antecedência;
- acompanhando o cenário em outros países, antecipando a compra de materiais de limpeza, álcool em gel e equipamentos de EPI;
- ter um fundo de reserva para crises (caixa).
“Notamos que nossos clientes não estavam preparados para a pandemia da COVID-19, não tinham um plano de crise ativo, por isso não nos surpreendemos tanto com as respostas relativas a este despreparo. O que de fato nos chamou a atenção foram as respostas de onde eles deveriam ter dado mais atenção, para enfrentar ‘mais facilmente esse cenário’, que foram relacionadas a estar mais online–acelerando o processo de transformação digital–, ter indicadores financeiros mais estruturados, ter colaboradores e associados mais capacitados profissionalmente para enfrentar adversidades, e ter mais proximidade entre o grupo para se ajudarem nesses momentos,” disse o CEO e fundador da Área Central, Jonatan da Costa, ao LABS.
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A scale up atende empresários de um mesmo segmento do varejo que se reúnem em uma associação para dividir custos e ter mais poder negociação com fornecedores. Atualmente, 31% dessas redes estão trabalhando em home office, e 28% mantêm trabalho presencial para uma parte pequena de seus funcionários. A maior preocupação dos empresários neste momento é a saúde financeira das lojas associadas (34%), seguida do não cumprimento dos acordos comerciais com o fornecedores.
Cerca de 44% dos respondentes demonstraram como preocupação o compromisso de manter o quadro de funcionários e não realizar demissões.
Costa disse ao LABS que percebeu nas soluções já oferecidas pela scale up uma relevância maior neste momento de crise, como as métricas de gestão em tempo real, que apontam para o aumento ou o declínio no volume de negócios, e o módulo de comunicação do sistema, essencial em tempos de trabalho remoto e decisões rápidas. Durante esse período, a Área Central lançou mais uma funcionalidade dentro do sistema oferecido aos lojistas, para capacitação de seus funcionários, chamada Acrescentar.