- B2W fará uma nova oferta de ações para aumentar seu capital em R$ 2,5 bilhões;
- Maior parte das ações será subscritas pela Lojas Americanas, controladora da companhia;
- Dinheiro deve ser usado para reforçar o ritmo de crescimento da companhia, enquanto ela investe em um ecossistema que envolve comércio eletrônico e pagamentos.
O conselho da B2W, companhia que reúne os e-commerces da Lojas Americanas, Submarino e Shoptime, aprovou uma injeção de capital de R$ 2,5 bilhões – 13% de seu valor de mercado atual, segundo as cotações de segunda-feira (19).
No comunicado da empresa aos acionistas, a B2W informou que emitirá 64,1 milhões novas ações, a R$ 39 reais por ação, em uma operação privada. A Lojas Americanas, controladora da B2W, se comprometeu a exercer seu direito de subscrever as ações na proporção de sua participação na companhia (61,5%) e também de subscrever ações não subscritas, ou seja, que não tenham outros interessados, até a totalidade da operação.
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Analistas da XP e do BTG Pactual consideram este movimento positivo tendo em vista o investimento em novas tecnologias e ecossistemas mais fortes que os concorrentes da empresa, como o Magazine Luiza e o MercadoLibre, têm feito.
De acordo com a análise do BTG Pactual, o aumento de capital deve melhorar a estrutura de capital da B2W, “permitindo que a empresa continue investindo na plataforma digital e acelerando seu crescimento enquanto constrói um ecossistema que envolve comércio eletrônico e pagamentos”. No curto prazo, tanto o BTG quanto a XP esperam uma reação negativa dos investidores em relação ao investimento da Lojas Americanas na operação.
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“Embora outro aumento de capital possa parecer negativo à primeira vista, nós acreditamos que ele vá realmente aumentar a capacidade da B2W de continuar investindo nos negócios, sob um modelo saudável e lucrativo, após sua estratégia de migração mais rápida para um modelo centrado em marketplace desde no início de 2017 “, disseram analistas do BTG.
A B2W registrou um prejuízo líquido de R$ 127,6 milhões no último trimestre, o que representa um resultado 15,1% pior do que o alcançado no mesmo período do ano passado.
Na divulgação desses resultados, a companhia disse apostar também em novos projetos, como a transportadora B2W, cujos resultados não constam do balanço, carteira digital do grupo Ame.