A bolsa brasileira B3 anunciou a abertura de um escritório em Singapura, marcando a expansão de suas operações na Ásia e Oceania. Quem vai comandar o escritório é Sérgio Gullo; o executivo assume o cargo de diretor de desenvolvimento de negócios internacionais para Ásia e Oceania na B3. Gullo liderou a operação da B3 em Londres durante 10 anos, de onde cobria Europa e Ásia.
Esse é o quarto escritório internacional da bolsa brasileira, que já está presente nos Estados Unidos, China e Inglaterra. Singapura é considerada uma localização estratégica para os negócios da B3 por ser um importante centro financeiro asiático, além de possibilitar acesso fácil a países como Índia e Austrália.
De acordo com Gullo, com o escritório em Singapura, a B3 pretende se aproximar das bolsas asiáticas, atender demandas de clientes da região e mapear o potencial de novos clientes interessados em investir em ativos brasileiros. Atualmente, entre os produtos mais negociados pelos investidores asiáticos na B3 estão ações à vista, opções de ações, futuro de equities e de taxa de juros.
Para o executivo, o potencial de mercados emergentes, como o brasileiro, em mercados internacionais é enorme e a B3 quer se posicionar como uma opção atraente e competitiva. “Temos a infraestrutura, a expertise e estamos preparados para receber em nossos mercados grupos de trading proprietário internacionais em busca de novas oportunidades de negócios”, disse.
LEIA TAMBÉM: B3 anuncia a aquisição da empresa de big data Neoway por R$1,8 bilhão
Segundo dados da B3, o mercado brasileiro tem atraído cada vez mais investidores de outros países: atualmente, os estrangeiros correspondem a 48% do volume do mercado de ações brasileiro, e 47% no mercado de derivativos. A B3 afirma que, em 2020, registrou o segundo maior volume de negociações de derivativos do mundo com 63% de aumento no volume comparado a 2019.
Nandini Sukumar, CEO da Federação Mundial das Bolsas (WFE na sigla em inglês), comentou a expansão da B3 e afirmou que esse é um momento interessante para estar presente na Ásia. “É muito difícil satisfazer as necessidades dos mais diversos tipos de clientes da Ásia, de diferentes fusos horários. Assim, estabelecer um escritório de representação tem sido a maneira que grande parte dos mercados de infraestrutura tem usado na última década”, disse.