O Banco BV, controlado pelo Grupo Votorantim e pelo Banco do Brasil, registrou lucro recorde em 2021, chegando a R$ 1,5 bilhão e uma alta de 47,6% em comparação a 2020. O quatro trimestre também foi de recordes, com lucro recorrente de R$ 421 milhões e uma alta de 21,3% no comparativo com o mesmo período do ano anterior.
Os bons resultados foram atribuídos às margens maiores em novas linhas de negócios, que compensaram o desempenho mais fraco das principais linhas de crédito automotivo e para empresas.
No atacado, que atende empresas com receita anual acima de R$ 300 milhões, a carteira de R$ 23,8 bilhões do BV ficou quase estável. Já a carteira de financiamento automotivo do BV fechou 2021 em R$ 42 bilhões de reais, um avanço de apenas 1,5% no ano.
Gabriel Ferreira, presidente do BV, disse que embora o banco tenha mantido a liderança no segmento de seminovos no país, passou a enfrentar maior concorrência de outras instituições financeiras, dado que a produção mais baixa de veículos zero quilômetro os levou a disputar também o mercado de usados.
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Para compensar, o BV teve um crescimento de 181,6% na carteira de financiamento de painéis solares. Em pequenas empresas o crescimento na carteira foi de 96,3% ano a ano. Os negócios de antecipação de recebíveis, também ajudaram a margem líquida de juros crescer 10% no comparativo anual.
Segundo Ferreira, o BV segue aguardando uma nova janela para retomar os planos para sua oferta inicial de ações (IPO), suspensa em abril de 2021 diante do ambiente adverso do mercado.