- A autorização permite que a fintech atue como instituição de pagamento nas modalidades de emissor de moeda eletrônica e emissor de instrumento de pagamento pós-pago;
- O que significa que a companhia poderá prover números de conta bancária conectados ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) para as mais de 86 mil contas ativas que atende; além do PIX;
- O próximo passo da fintech é obter uma licença adicional como Sociedade de Crédito Direto (SCD), para prover crédito a empreendedores individuais.
A fintech catarinense Asaas anunciou que recebeu autorização do Banco Central para funcionar como instituição de pagamento nas modalidades de emissor de moeda eletrônica e emissor de instrumento de pagamento pós-pago. A fintech oferece uma solução para gestão de cobranças, pagamentos e antecipações focada em micro e pequenos empreendedores.
Com a licença, a companhia poderá prover números de conta bancária conectados ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) para as mais de 86 mil contas ativas que atende, além do acesso direto a todas as modalidades de transações do Sistema de Pagamentos Instantâneos, o PIX.
Segundo o Asaas, o pedido foi enviado ao Banco Central há dois anos e meio, quando a fintech atingiu mais de R$500 milhões em transações de pagamento ao ano.
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“Ser uma instituição homologada pelo Banco Central sempre foi um objetivo da companhia, especialmente com o foco de trazer mais segurança ao nosso cliente e pela possibilidade de atuar independente de outras instituições, além da disponibilização de mais produtos e serviços financeiros pela nossa plataforma,” diz Thaís Bastian Consiglio, Diretora Jurídica e Regulatório do Asaas. Consiglio conduziu o processo de autorização junto com o CEO da companhia, Piero Contezini.
O movimento não é exclusividade do Asaas. Cada vez mais as fintechs têm buscado se enquadrar em segmentos específicos regulados pelo Banco Central para aumentarem a oferta de produtos e serviços.
Com as licenças do órgão regulador, essas empresas conseguem ainda melhorar processos, aumentar área de atuação e não depender de intermediários, deixando o processo mais eficiente em termos de custos. Além disso, estar sob o controle do Banco Central permite à empresa aumentar a carteira de clientes.
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O próximo passo da fintech, que já transacionou mais de R$ 6 bilhões até hoje, é obter uma licença adicional como Sociedade de Crédito Direto (SCD), com o objetivo de prover crédito a empreendedores individuais.
Desde seu lançamento, a startup já recebeu investimentos de mais de R$ 45 milhões. Em outubro, o Asaas levantou uma rodada série B de R$37 milhões do braço de investimentos do Bradesco, InovaBRA.