O Bradesco comprou a fatia de 49,99% do banco digital Digio que pertencia ao Banco do Brasil por R$ 625 milhões, passando a deter 100% do banco digital.
Em comunicado ao mercado, o Bradesco informou que a transação está alinhada com a estratégia do banco de investir em empresas digitais, complementando de maneira diversificada a sua atuação e atingindo variados públicos, com diferentes modelos.
Vale lembrar que o Bradesco também é dono do banco digital Next, que foi criado em 2017 e bateu recentemente a marca de 7 milhões de clientes; e da carteira digital Bitz, que em setembro foi a segunda carteira digital mais baixada no Brasil, com 1,1 milhão de downloads.
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Já o Banco do Brasil informou que o impacto da venda do Digio nos seus resultados, via equivalência patrimonial, é estimado em R$ 175 milhões e não tem efeito material no capital.
Atualmente o Digio oferece conta bancária, cartão de crédito e empréstimo pessoal e tem uma base de 2,7 milhões de clientes, cerca de 2 milhões de cartões de crédito e uma carteira de crédito de R$ 2,5 bilhões. No primeiro semestre de 2021, a instituição registrou lucro de R$ 36,7 milhões, um aumento de 497% em relação ao mesmo período do ano passado.
A diversificação de produtos e serviços, como crédito pessoal, cashback e parcelamento no PIX, ao lado de estratégias de ganho de eficiência, como a venda de carteiras inativas, é o que explica esse crescimento, segundo o Digio. “Isso refletiu numa melhora de 45% na margem financeira do primeiro semestre de 2021 comparado ao mesmo período de 2020”, afirmou Carlos Giovane Neves, CEO do Digio.
A conclusão da operação de compra e venda do Digio está sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica, além do cumprimento de outras formalidades necessárias.