Sentir-se seguro durante a compra é uma prioridade para 18,5% dos brasileiros. No entanto, o medo de fraude no pagamento não está no topo da lista de razões pelas quais os brasileiros não terminaram a compra no e-commerce. O que mais desencorajou os consumidores foi o preço do frete, é o que o relatório do Social Miner e do Opinion Box mostra.
A pesquisa mostra que 33,9% dos brasileiros não concluíram uma compra de e-commerce devido ao preço do frete e aos atrasos na entrega (19,7%). As preocupações com fraudes on-line representaram apenas 19,4% de abandono de carrinho.
Nesse cenário de e-commerce, marcas de comércio eletrônico influentes e conhecidas ganham a preferência do cliente. As empresas que também se destacaram como lojas físicas antes da pandemia de coronavírus também tiveram confiança do público no comércio eletrônico durante o período de distanciamento social, com 22,4% dos brasileiros optando por comprar on-line nessas lojas que eles já conheciam.
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A pesquisa “O futuro do consumo em um cenário pós-Covid” entrevistou 2.004 brasileiros, homens e mulheres com mais de 16 anos, entre os dias 17 e 19 de junho de 2020. Possui um grau de confiança de 95%, com margem de erro de 2,2% pontos.
Ao procurar o que as pessoas estarão comprando on-line após o COVID-19, a pesquisa aponta que, em compras de eletrodomésticos, 32,7% dos brasileiros compram por e-commerce e 32,6% compram eletrônicos e computadores. Quanto às refeições prontas, 19,6% preferem fazer pedidos on-line do que ir a um restaurante.
Para aqueles que compraram no comércio eletrônico durante a pandemia, 72,4% acreditam ter uma experiência positiva de compra e 22,1% tiveram uma experiência intermediária – meio negativa, meio positiva – enquanto 5,4% tiveram negativa.

A pesquisa constatou que entre os principais motivos dessa alta taxa de aprovação estão bons preços e ofertas (53,6%), seguidos de praticidade (38,7%) e entrega rápida (35,9%). Quanto às experiências negativas de compras, 38,8% afirmaram que o problema era a baixa entrega e 37,8% apontaram que o frete era muito alto, injusto ou não compensava a compra.
Em relação aos recém-chegados ao comércio eletrônico, 7,5% dos consumidores fizeram compras on-line pela primeira vez nesse período de quarentena. Entre os clientes das classes C, D e E, essa taxa chega a 8,37%, o que significa que há um novo perfil público entrando na zona de comércio eletrônico. Entre as classes A e B, o percentual referente à primeira transação de comércio eletrônico foi de apenas 3,83%. O público brasileiro da AB consumiu mais nas lojas on-line que ainda não conhecia, 23,47%.

Os brasileiros encontram lojas de comércio eletrônico principalmente pelo Google e Bing (46,3%) e 31,3% as encontram pelo Instagram. Além disso, entre os compradores entre 16 e 29 anos, o Instagram representa uma participação de 43,6% no comércio eletrônico. Pessoas com 50 anos ou mais, essa taxa foi de 12,7%. Segundo a pesquisa, 72,2% dos brasileiros preferem comprar em um site e 61,9% em aplicativos de comércio eletrônico. As compras pelo WhatsApp representam 40,7%.
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Além disso, quase metade dos brasileiros (45,4%) pretende estudar e frequentar apenas cursos on-line após o período de isolamento e 46,6% devem mesclar seus estudos on-line e off-line.