A stablecoin BRZ (criptomoeda lastreada no real) e a blockchain Solana Foundation anunciaram a criação de um fundo de US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 100 milhões) para financiar projetos cripto no Brasil, que podem ser desde soluções de pagamento até jogos online blockchain ou plataformas financeiras descentralizadas, entre outros.
O fundo vai buscar prioritariamente projetos early-stage, para desenvolvimento de soluções na blockchain da Solana no Brasil com potencial de integração ao BRZ, com o objetivo de fomentar o mercado brasileiro de criptoativos. Os projetos serão selecionados entre os inscritos na etapa brasileira do hackathon Solana, realizado entre maio e junho desse ano, e a partir de inscrições diretas.
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A BRZ é emitida pela Transfero, empresa internacional de soluções financeiras baseadas em tecnologia blockchain com sede no Brasil e na Suíça. Com a BRZ, é possível acessar plataformas internacionais de criptoativos mantendo uma posição em real brasileiro. Já a Solana Foundation é uma blockchain para soluções financeiras descentralizadas (DeFi).
O fundo de US$ 20 milhões para o Brasil é parte de uma ação da Solana que envolve outros países como Rússia, Índia e Ucrânia. Ao todo, as empresas investidoras do fundo global vão aportar US$ 60 milhões exclusivamente para novos projetos de blockchain.
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Quatro projetos internacionais já foram selecionados para receber investimentos: o FTT, criptomoeda criada pela exchange FTX; a Serum, exchange descentralizada, DeFi Land, jogo online que emula o ambiente de finanças descentralizadas, e Parsiq, plataforma de dados e automação.
Thiago Cesar, CEO da Transfero, diz que a iniciativa de financiamento de projetos cripto vai trazer inovação e desafiar ineficiências do sistema financeiro do país, ao mesmo tempo em que vai ajudar projetos locais em estágio inicial a pensar globalmente.
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“Muitos investidores só alocam capital em empresa que já tiveram algum tipo de tração, nosso objetivo é fazer o contrário. Esse é o maior fundo já criado para projetos blockchain, em que selecionamos realmente projetos incipientes, que não precisam ter tração, e investimos em boas ideias, naqueles que queiram inovar nesse mercado tão crescente”, disse.