A carteira digital do aplicativo de transporte 99, a 99 Pay, aderiu à tendência das criptomedas e anunciou que vai incluir na plataforma a possibilidade de clientes receberem o cashback em bitcoins. Essa é a primeira experiência da 99, empresa controlada pelo grupo chinês Didi, em moedas digitais.
Como a carteira digital funciona de forma separada do app de transporte da 99, não é possível fazer o pagamento de corridas por bitcoins, já que os valores devem primeiro ser convertidos em reais. Em relação `a conversão do cashback para bitcoins, a empresa explicou que o cashback será pago em frações de bitcoins. O usuário receberá essa fração de bitcoin e, quando decidir comercializar, poderá vender para a 99 Pay, que faz a corretagem, ou para outra corretora que opere com a moeda.
A modalidade entra em vigor em 3 de novembro e é parte de um conjunto de funcionalidades que a 99 Pay está incluindo no aplicativo de pagamentos lançado em agosto de 2020 para aumentar a recorrência dos clientes. Além do cashback em bitcoin, o app também permitirá compartilhamento de mensagens com fotos, comentários e emojis, como em redes sociais.
Segundo o diretor da 99 Pay, Maurício Orsolini Filho, a inclusão de recompensas em bitcoins é resultado de pesquisa contratada pela companhia, que mostrou que, 81% dos usuários de bancos digitais conhecem ou já ouviram falar sobre criptomoedas, e que 54% não investem nesses ativos, mas têm interesse em começar.
Como virão na forma de cashback, os clientes não precisarão ser “um investidor experiente ou aplicar grande quantidade de dinheiro”, afirmou Orsolini Filho, em nota.
O bitcoin exibia alta de 3,35% nesta segunda-feira, cotado a US$ 62,9 mil.
A carteira digital também vai incorporar ainda em 2021 a opção de dividir as despesas dentro da plataforma, podendo ser usada para repartir gastos da casa em restaurantes, por exemplo.
LEIA TAMBÉM: A hora da verdade para os bancos digitais no Brasil
A iniciativa da 99 ocorre no momento em que a expansão da base de clientes de bancos digitais começa a perder força no Brasil, após mais de um ano em meio de crescimento acelerado durante a pandemia, com investidores agora passando a buscar informações sobre quantos clientes dessas carteiras fazem transações e são capazes de prover rentabilidade aos negócios.