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Às vésperas de estrear oficialmente no Brasil, mexicana Clara fecha parceria com Mastercard para emitir seus próprios cartões

Fintech focada em gerenciamento de despesas corporativas já está em "fase beta" no país

Cartão emitido pela fintech mexicana Clara em parceria com a Mastercard
Cartão emitido pela fintech mexicana Clara em parceria com a Mastercard. Ilustração: Clara/Divulgação.
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Apenas um ano e meio após sua fundação, a fintech Clara, com sede no México, deu mais um passo fundamental para escalar na América Latina: por meio de uma nova parceria com a Mastercard, agora pode emitir seus próprios cartões de crédito corporativos.

“Operando sob uma licença direta com a Mastercard, não dependemos de nenhum outro emissor e temos um produto com alta taxa de aceitação para aumentar nossa presença na região”, disse Gerry Giacomán, cofundador e CEO da Clara em um entrevista ao LABS.

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A Clara oferece um software de gestão de cartões de crédito corporativos personalizáveis ​​(físicos e virtuais) e um painel para controle de despesas. Tem cerca de 1 mil clientes corporativos no México — um terço deles startups e empresas de tecnologia de alto crescimento, como Creditas, Kavak, Casai e Valoreo, entre outras. Algumas delas também operam em outros países latino-americanos, o que, pouco a pouco, permite que a Clara a planejar e até testar seus próximos movimentos na região.

Em maio deste ano, Clara levantou uma rodada Série A de US$ 30 milhões liderada pela DST Global. Dois meses depois, recebeu uma extensão da mesma rodada, de mais de US $ 5 milhões, de investidores anjos e fundadores de unicórnios como Rappi, Jüsto, Bitso.

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A empresa já está operando em caráter beta no Brasil e pretende lançar oficialmente sua plataforma no país nas próximas semanas — enquanto estuda os mercados do Chile e da Colômbia como possíveis próximos passos depois disso.

Diego García, sócio de Giacomán e também cofundador da Clara, está morando no Brasil para ajudar Layon Costa, um executivo brasileiro que já trabalhou em empresas como QuintoAndar e Rappi, a liderar a empresa em território brasileiro. A Clara já tem uma equipe de cerca de 20 pessoas (e crescendo) em São Paulo.

A empresa planeja encerrar 2021 com 2.000 empresas usando sua plataforma.

Por trás do rápido crescimento de Clara está uma superequipe de investidores e empreendedores apoiando dois empreendedores experientes que já viveram seus altos e baixos — ambos os fundadores trabalharam na Grow Mobility, uma startup de micro-mobilidade nascida da fusão entre a Brazilian Yellow e a Mexican Grin no início 2019 e que entrou com pedido de recuperação judicial em julho de 2020, no auge da pandemia e da falta de demanda por seus serviços.

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Entre os investidores individuais que apoiam Clara estão Sergio Furio da Creditas, Sebastián Mejía da Rappi, Daniel Vogel da Bitso, Brynne McNulty Rojas da Habi, Sebastián Castro da Kushki, Manolo Atala da Fairplay, Rodrigo Sánchez Ríos da La Haus, Deepak Chhugani da NuvoCargo, Sebastián Kreis da Xepelin, Sebastián Villarreal da Súper, Ricardo Weder de Jüsto e Ariel Lambrecht de 99.