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Hub de soluções de experiência do cliente, Co.Aktion entra no mercado norte-americano

Holding que reúne a consultoria Aktie Now, e as startups Droz, CallWe e PeopleXperience quer testar suas soluções no mercado mais competitivo do mundo

Bruno Stuchi, CEO da Co.Aktion
Bruno Stuchi, CEO da Co.Aktion. Foto: Divulgação.
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Holding brasileira de soluções de experiência do consumidor, a Co.Aktion está entrando no mercado norte-americano. O primeiro passo nos Estados Unidos está sendo dado por meio da Aktie Now, a consultoria para implementação de tecnologias de atendimento ao cliente que Bruno Stuchi fundou em 2016 e da qual surgiram, mais tarde, outras três unidades de negócios, ou via desenvolvimento próprio ou por meio de aquisições. Com projetos já implementados em outros países, como Argentina, Chile, Colômbia, México e Peru, além dos próprios Estados Unidos, a criação da subsidiária lá é parte fundamental da expansão global da holding.

Assim como outras empresas latino-americanas que fizeram o movimento de ir para os Estados Unidos antes de explorar países vizinhos, a Co.Aktion quer testar e consolidar seus produtos em um dos mercados mais competitivos. Mas há mais razões para a expansão. “Quando começamos a olhar para América Latina, tirando o Brasil, vimos que era um mercado menor e mais complexo do que os Estados Unidos. Um pequeno pedaço do mercado lá pode ser muito grande e extremamente valioso para gente. Outro ponto é que já tínhamos parte da nossa receita em dólar, e também muitos custos em dólar, tendo de nacionalizar uma parte disso”, explica Stuchi, que é CEO da holding, em entrevista ao LABS.

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Fazem parte hoje da Co.Aktion a Droz (plataforma de chatbots personalizáveis e pesquisa de satisfação lançada em 2017), a Callwe (plataforma que surgiu 2020, após a aquisição da Mypbx no ano anterior e que oferece atendimento por voz 100% digital e em nuvem) e a PeopleXperience (plataforma de construção de persona e jornada do cliente na qual a Co.Aktion tem participação).

“As empresas operam independentemente, mas se complementam dentro do ecossistema de customer experience [CX] que estamos construindo com a Co.Aktion”, diz Stuchi, admitindo que a Co.Aktion está de olho em outras startups do mesmo segmento na América Latina como forma não só de complementar porftólio mas de acelerar aquisição de clientes e talentos. Segundo ele, as empresas da holding estão dobrando de tamanho a cada ano.

Outro “motor” claro para a expansão da Co.Aktion, além de operações de M&A, são as parcerias externas, com outras grandes plataformas Saas de CX. “Antes só olhávamos para o atendimento ao cliente. Desde o ano passado, nós passamos a olhar para a jornada do cliente por completo e a trazer parceiros novos. É por isso que fizemos a aquisição da Help Sales no fim do ano [incorporada depois pela Aktie Now], que já era uma parceira do Hubspot e trouxe essa parceria para gente, e também viramos parceiros da Monday.com, Intercom, Zendesk, sem contar parcerias aqui no Brasil com Playvox e Reclame Aqui“, conta Stuchi.

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A maioria dos clientes que usam as soluções da Co.Aktion hoje são grandes empresas diferentes setores, como Tramontina, Electrolux, Magalu, Centauro, entre outras. Atualmente, a Co.Aktion tem 160 colaboradores – muitos deles espalhados pelo Brasil e outros países, já que as empresas adotaram o trabalho remoto como padrão – e tem outras 28 vagas abertas.

“A ideia é que grande parte do nosso time de vendas esteja localizada nos Estados Unidos, por questões de língua e cultura, mas que a entrega maior seja feita pela equipe que já temos dentro de casa”, diz Felipe Capusso, head de operações da holding nos EUA. Por ora, apenas ele, na Costa Oeste, e um executivo vendas recentemente contratado na Costa Leste estão na subsidiária da Co.Aktion. Com o tempo, novas posições de operações e marketing também devem criadas no novo escritório.

A Co.Aktion faturou R$ 12 milhões em 2020 e R$ 25,6 milhões no ano passado. “Este ano, temos o objetivo de alcançar a casa dos R$ 45 milhões”, revela Stuchi.