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Colombia autoriza exportação de flores desidratadas de cannabis para uso medicinal

Novo decreto assinado por Iván Duque também oferece incentivos à indústria farmacêutica e abre portas para o desenvolvimento do mercado de cannabis no país

presidente da Colômbia Iván Duque
Imagem: Iván Duque Twitter.
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  • A nova norma estabelece zonas francas onde a flor da planta pode ser cortada e seca, além de transformada e embalada;
  • O decreto regulamenta também o uso “seguro e informado” da cannabis no país.

Poucas semanas depois que o México descriminalizou o uso recreativo da maconha, o presidente da Colômbia, Iván Duque, assinou um decreto na sexta-feira que modifica leis anteriores e autoriza a exportação de flores desidratadas de cannabis para fins medicinais, oferecendo incentivos à indústria farmacêutica, e garantindo também o acesso a medicamentos derivados da planta.

As flores de cannabis secas são o segmento mais desenvolvido desta indústria hoje, respondendo por mais da metade das vendas de cannabis em mercados mais maduros, como os Estados Unidos e o Reino Unido.

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A nova norma estabelece zonas francas onde a flor da planta pode ser cortada e seca, além de transformada e embalada. O decreto regulamenta também o uso “seguro e informado” da cannabis no país.

O novo decreto visa estimular o mercado de cannabis em termos de reativação econômica, criação de empregos e desenvolvimento industrial. O mercado da maconha legal tem potencial para movimentar US$ 70,6 bilhões globalmente até 2028, de acordo com um novo relatório da Grand View Research, uma consultoria de pesquisas com sede na Índia e nos EUA.

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A associação colombiana da indústria de cannabis, Asocolcanna, disse, em uma carta publicada em seu site e enviada a Duque ainda no início do ano, que o país precisa aproveitar as oportunidades proporcionadas pelo novo decreto. “É fundamental que a Colômbia atinja seu potencial em um momento em que a indústria global de cannabis está sendo refinada e investidores e clientes exigem resultados, o que torna essencial que a Colômbia não perca competitividade em relação a outros países.”, disse Asocolcanna.