- O cenário extremo é altamente improvável, porque as companhias aéreas provavelmente negociarão melhores condições nos contratos de leasing;
- Os países também estão planejando programas de resgate para a indústria.
Países e territórios ao redor do mundo impuseram restrições de viagens para conter a propagação do coronavírus. Os danos causados às companhias aéreas são praticamente neste momento incalculáveis, mas à medida que a pandemia avança há um sentimento crescente de que algumas empresas podem não sobreviver à crise.
O JP Morgan publicou um relatório drástico sobre a viabilidade comercial das companhias aéreas em um cenário em que 100% dos voos são suspensos. Segundo o La Republica, nessa situação extrema, as empresas latino-americanas poderiam sobreviver entre 3 e 10 meses. O jornal colombiano cita a revisão de liquidez realizada pelos analistas do banco de investimento Fernando Abdalla e Guilherme Mendes, divulgada inicialmente pela Bloomberg.
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Esse cenário extremo, no entanto, é altamente improvável, mas os cortes de capacidade devem ser “maciços”.
“O colapso na demanda de viagens aéreas provocada por severas restrições de viagens e o receio dos viajantes em voar têm o potencial de remodelar a aviação global com mais intensidade do que os eventos de 11 de setembro”, disse Jamie Baker, analista de companhias aéreas e leasing de aeronaves do JP Morgan.
As companhias aéreas esperam renegociar melhores condições de pagamento em seus contratos de leasing de aeronaves, e o relatório aponta que é “muito provável” que as empresas possam obter bons termos ou adiar todos os pagamentos por meses.
Na pior das hipóteses, sem voos, as companhias aéreas poderiam durar:
- Avianca (Colômbia): 3 meses
- Latam Airlines (Chile / Brasil): 4 meses
- Gol (Brasil): 5 meses
- Azul (Brasil): 6 meses
- Copa (Panamá) : 10 meses