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Com criptomoeda, AgroVantagens quer facilitar acesso a crédito e aumentar produtividade no campo

AgroBonus “circula” em programa de fidelidade e pode ser usada para compra de serviços, produtos e transferências

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Foto: Shutterstock
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  • Moeda digital AgroBonus será usada em programa de fidelidade voltado para produtores rurais, com bônus de até R$ 400 milhões;
  • Em fase de testes, a criptomoeda para o agro está disponível para 35 mil investidores de criptoativos.

A vocação para inovação no campo não está apenas no plantio e colheita, o agronegócio se volta também para as criptomoedas. Nesta semana o programa de fidelidade AgroVantagens, voltado para produtores rurais, anunciou a fase de testes de sua moeda digital, a AgroBonus. Em beta até o fim de agosto, a solução já tem transações que equivalem a R$ 400 milhões.

A ideia é que a criptomoeda do agronegócio seja testada pelos cerca de 35 mil usuários ativos da Associação dos Investidores em Criptoativos (ASSIC), parte deles composta por produtores rurais.

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“A ideia de inserir o AgroBonus na economia do agronegócio brasileiro surgiu ao acompanharmos a dificuldade que os agricultores têm para acessar o crédito rural e a disparidade entre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor e a desvalorização do real, que limita o poder de compra do produtor rural”, comenta o CEO da AgroVantagens, Jean Carbonera.

Por ora, a moeda será usada apenas dentro do ambiente da AgroVantagens — onde é possível comprar produtos, serviços e transferir valores apenas entre os usuários participantes do teste. No futuro, a empresa espera listar a criptomoeda do agronegócio em plataformas de negociação de ativos digitais, as exchanges.

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“Entre os principais objetivos está gerar receita financeira para financiar tecnologias que promovem sustentabilidade e produtividade para o agronegócio”, enfatiza Carbonera.

A cotação mensal da moeda digital está vinculada ao PIB do Agronegócio — índice que mede a produção de riqueza realizada pelos segmentos agrícola e pecuário combinados. Em 2020, o índice cresceu 24,31%, de acordo com o levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), realizado em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).