- A empresa diz que as finanças permanecem sólidas e que a capitalização servirá para atender à demanda quando ela ressurgir;
- CEO acredita que o turismo de lazer retornará aos níveis de 2019 no início de 2023.
A CVC, maior grupo de viagens do Brasil, anunciou nesta quinta-feira que procurou o Itaú BBA para um processo de capitalização. A empresa não revela a quantia que está buscando para reforçar seu caixa, mas os profissionais do mercado estimam que ela pode exceder R$ 1 bilhão, segundo o NeoFeed.
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A empresa diz ao mercado que suas finanças permanecem sólidas e que a capitalização servirá para “fortalecer o balanço do crescimento das vendas quando a demanda voltar nos próximos meses”, embora as autoridades de saúde não possam dizer com certeza quando a pandemia de Covid-19 terminará.
A CVC também afirma que a capitalização servirá para tirar proveito de “outras iniciativas potenciais derivadas da revisão do plano estratégico em andamento”.
Atualmente, a CVC possui aproximadamente R$ 350 milhões (US$ 65 milhões) em caixa e outro valor em recebíveis nos próximos meses. As receitas foram praticamente zeradas na pandemia. A dívida total é de cerca de R$ 1,8 bilhão (US$ 330 milhões), com R$ 613 milhões (R$ 110 milhões) vencendo em novembro. As ações da CVC acumulam queda de 66% em 2020.
Expectativa para 2022
Leonel Andrade, o novo CEO da empresa, disse ao NeoFeed que acredita que o retorno do turismo de lazer aos níveis de 2019 deve ocorrer no início de 2023. E o do segmento de negócios , incluindo feiras e eventos, em 2022.
A CVC possui 1.400 lojas e gera mais de 20.000 empregos diretos e indiretos.