Lançada há menos de três meses, a DIVI•hub, uma plataforma com foco na economia criativa que permite que criadores de conteúdo e fãs compartilhem o lucro de projetos, acabou de anunciar um polpudo aporte pré-Seed de US$ 2,4 milhões da holding de investimentos americana Comstar International LTD.
Os recursos, que segundo a startup representam 10% do capital total da DIVI•hub, serão investidos na ampliação do negócio para outros segmentos da economia criativa, como música e esportes; e para dar início à entrada da plataforma no mercado norte-americano, onde já foi iniciado o processo de homologação junto à Securities Exchange Comission.
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Obra do empreendedor brasileiro Ricardo Wendel e do especialista em finanças americano David Farron, a DIVI•hub aposta em uma nova categoria de investimentos, o passion investment – ativos baseados nas paixões da audiência.
Por meio de um app, a startup permite o financiamento coletivo em projetos de entretenimento digital como canais do YouTube, games, música e arte, ao mesmo tempo em que cria oportunidades para fãs e marcas virarem investidores, sendo remunerados com parte do lucro dos criadores de conteúdo.
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A partir de R$10, fãs sem experiência em investimentos podem se tornar investidores dos canais de YouTube, games e música favoritos e serem remunerados com parte do lucro e da receita destes negócios.
Todo mundo vai poder ser dono de um pedacinho de um projeto de seu ídolo e receber de volta rendimentos por isso. Não só fãs, mas investidores qualificados e até marcas poderão realmente fazer parte da economia criativa de forma única e rentável.
Ricardo Wendel, CEO da DIVI•hub
Para os criadores, o dinheiro captado serve como funding para projetos. “Diferente do que muitos fundos de investimento estão fazendo, com a DIVI•hub o artista não precisa negociar todo seu catálogo podendo vender uma fração de cada fonograma, compartilhando o sucesso com quem mais importa: o fã”, explicou Wendel.
Para investir, o fã adquire parte de um ativo digital, o DIVI, e passa a ser remunerado de acordo com os resultados gerados pelo canal, game ou projeto. Os DIVIs são tokens que funcionam como partes da propriedade legal dos criadores, segundo a fintech. Não são criptomoedas; eles carregam a tecnologia do Quantum Ledger, desenvolvido pela Amazon Web Services, em que cada token é completamente rastreável e cada transação tem um código matemático único que permite transparência e segurança.
Ainda de acordo com o empreendedor, a startup hoje tem projetos em andamento com youtubers, influencers e gamers. “Mas a economia criativa é um mundo muito mais amplo. Há espaço para projetos que envolvam arte, moda, esportes e, principalmente, música. A vertical musical é a nossa próxima aposta e temos conversas avançadas”, acrescentou.