- A DIVI•hub permite o financiamento coletivo em projetos de entretenimento digital;
- A partir de R$10, fãs sem experiência em investimentos podem se tornar investidores dos canais de Youtube, games e música favoritos e serem remunerados com parte do lucro e da receita destes negócios.
O empreendedor brasileiro Ricardo Wendel e o especialista em finanças americano David Farron lançam nesta quinta-feira o DIVI•hub, uma plataforma com foco na economia criativa que permite que criadores de conteúdo e fãs compartilhem o lucro de projetos.
Segundo os empreendedores, o aplicativo de investimentos quer revolucionar o jeito de criar, distribuir, patrocinar e investir em conteúdo trazendo ao mercado brasileiro uma nova categoria de investimentos: o passion investment (ativos baseados nas paixões da audiência).
Assim, a DIVI•hub permite o financiamento coletivo em projetos de entretenimento digital como canais do YouTube, games, música e arte ao mesmo tempo em que cria oportunidades para fãs e marcas virarem investidores, sendo remunerados com parte do lucro dos criadores de conteúdo.
A partir de R$10, fãs sem experiência em investimentos podem se tornar investidores dos canais de Youtube, games e música favoritos e serem remunerados com parte do lucro e da receita destes negócios.
O dinheiro captado serve como funding para projetos dos criadores e permite que os fãs virem sócios de seus ídolos, gerando maior engajamento. O fã adquire parte de um ativo digital, o DIVI, e passa a ser remunerado de acordo com os resultados gerados pelo canal, game ou projeto.
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Os DIVIs são tokens que funcionam como partes da propriedade legal dos criadores, segundo a fintech. Eles carregam a tecnologia do Quantum Ledger, desenvolvido pela Amazon Web Services, em que cada token é completamente rastreável e cada transação tem um código matemático único que permite transparência e segurança.
A fintech conquistou o prêmio Most Promising Startup em 2019 pela Amazon e HubSpot e integra o programa de empreendedorismo global da San Jose University.
A ideia da startup surgiu no Vale do Silício, mas o primeiro mercado do aplicativo é o Brasil. A empresa espera iniciar as operações nos Estados Unidos em 2022, mas, por enquanto, a plataforma está em fase de adequação do modelo de negócio de investimentos à regulação da SEC (U.S. Securities and Exchange Commission). Parecido com o modelo brasileiro, a SEC também permite levantar fundos da ordem de US$ 5 milhões para investidores não qualificados, segundo a empresa.
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No Brasil, a DIVI•hub é regulada e aprovada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sob a instrução 588. Em breve, a fintech pretende lançar uma plataforma de comunicação privada para a negociação de DIVIs diretamente entre as pessoas, onde quem comprou poderá revender para outros fãs ou investidores, como um mercado de ações da economia criativa.
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A expectativa da DIVI•hub para o mercado brasileiro é captar R$ 75 milhões em diversos projetos e ter em torno de 100.000 fãs/investidores cadastrados nos primeiros 12 meses de operação no País.