No último domingo, o escritório de produto e engenharia da Loggi, startup de logística, completou dois anos. De lá para cá, a empresa viu suas operações mais do que quadruplicarem – impulsionadas também pela demanda provocada pela pandemia de COVID-19 – e está à caça de mais talentos interessados em se mudar para Portugal.
Segundo o site lead e VP de produto na Loggi, Eduardo Thuler, responsável por montar o escritório lá, a escolha se deu porque é um “hub tecnológico em rápida ascensão, que vem se consolidando com um dos principais polos de startups do continente, recebe alto incentivo governamental de fomento à tecnologia, além de possuir ótimas universidades e ser sede da maior conferência de tecnologia da Europa, o Web Summit”.
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A missão de Thuler veio praticamente junto com a chegada da pandemia de COVID-19. “Com certeza, aprender a trabalhar entre dois países ao mesmo tempo em que fazíamos todos um curso intensivo de trabalho remoto deixou o mundo mais complexo. Com o passar do tempo, estamos ficando melhores no trabalho remoto e assíncrono e a dinâmica que está se formando já é bem positiva. O time de Portugal já assumiu a liderança de vários assuntos estratégicos para a Loggi“, diz ele.
Questionando como o escritório em Lisboa contribui para o crescimento da Loggi, Thuler apontou diversidade e atração de talentos que antes não estavam no radar da empresa como os dois principais ganhos da experiência. “A Loggi valoriza muito a diversidade. Começamos a ter pessoas de muitos países (em Lisboa, temos loggers de mais de 16 nacionalidades) e começamos a trabalhar com pessoas que não falam português, fazendo todo o trabalho em inglês. Isso abre o nosso horizonte para um grupo muito maior de talentos no mundo. Esse grupo também assumiu a liderança em tecnologia de vários assuntos, por exemplo o planejamento de muitas rotas que serão feitas por veículos que levam os pacotes dos clientes da Loggi.”
São 70 loggers (como os colaboradores da Loggi são chamados) trabalhando no escritório em Lisboa. O plano é chegar a 150 até o ano que vem. A Loggi busca, principalmente, gerentes de produto, analistas de dados, engenheiros de software e designers.
As oportunidades da Loggi podem ser conferidas neste link.
No Brasil, a Loggi inaugurou em novembro do ano passado, pouco antes da BlackFriday um novo galpão de 40 mil m² de crossdocking em Cajamar (SP) com capacidade para processar 500 mil pacotes por dia. Com duas fases de ampliação previstas, a estrutura passará a processar 1 milhão de encomendas até 2023. Hoje, a Loggi realiza cerca de 300 mil entregas por dia, em mais de três mil municípios. Até o final de 2022, o objetivo é abranger todas as cidades do país.
Os recursos para essa expansão acelerada vêm da última rodada (Série F) levantada pelo unicórnio de logística, em março de 2021, quando abocanhou R$ 1,15 bilhão da CapSur Capital, fundo especializado em empresas de tecnologia, com a participação do Fundo Verde e de vários investidores atuais, tais como monashees, Softbank Vision, Softbank Latam, GGV, Microsoft e Sunley House.