A Ebury, uma fintech sediada no Reino Unido focada em transações internacionais para pequenas e médias empresas (PMEs), anunciou a compra de 100% da fintech brasileira Bexs, incluindo as unidades Bexs Banco (para câmbio) e Bexs Pay (para pagamentos).
Com a aquisição, a Ebury, que já opera em 20 países e afirma movimentar US$ 21 bilhões em transações comerciais a cada ano, faz sua estreia no mercado brasileiro. “Estamos presentes em 20 países e o Brasil não poderia ficar de fora. O país tem trabalhado para melhorar suas regulamentações cambiais e tudo isso impulsionará a demanda por transações internacionais e contas no exterior. Além disso, é uma porta de entrada para a América Latina“, disse Fernando Pierri, CCO da Ebury.
A Ebury quer ampliar a oferta de soluções de transferências internacionais para PMEs, bem como fornecer serviços digitais para empresas que vendem seus produtos on-line no Brasil, particularmente marketplaces, aplicativos e empresas de software.
Fundada em 1989, a Bexs obteve autorização do Banco Central para operar como banco de câmbio em 2010. Em 2012, lançou uma solução para comércio eletrônico internacional, passando a operar também nos segmentos de marketplace e SaaS (software as a service). A Bexs tem entre os clientes a empresa de comércio eletrônico Americanas e a rede social de vídeos curtos TikTok.
A tecnologia da Bexs permite pagamentos em larga escala do exterior para o Brasil e agora, através da infra-estrutura Ebury, poderá oferecer abertura de contas em outros países, o que permitirá que até mesmo pequenas empresas façam transações diretamente na moeda local de cada mercado. Assim, uma pequena empresa de comércio eletrônico com sede na China, por exemplo, poderá vender no Brasil através de um marketplace e receber pagamentos diretamente em dólares ou em outra moeda estrangeira.
Com sede em São Paulo, a Bexs já processou pagamentos internacionais (in&out) para mais de 50 milhões de brasileiros. Em 2021, processou mais de 30 milhões de transações integrando divisas com o PIX e atingiu a marca de R$ 20 bilhões no total de transações de divisas.
“A Bexs é mais ‘tech’ do que ‘fin’, e consegue combinar soluções escaláveis globalmente com experiência em regulamentação de moedas. Além disso, a tecnologia e modelo de negócios para pagamentos em volume podem ser replicados em outros lugares”, disse o Presidente do Conselho de Administração da Ebury, Sérgio Rial, ex-presidente-executivo no Brasil do banco espanhol Santander.
O CEO da Bexs, Luiz Henrique Didier Jr., continuará a liderar as operações no Brasil. Após as aprovações regulamentares, a instituição será integrada na estrutura da Ebury.
