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Marvin, fintech de recebíveis de cartão, levanta segunda rodada em apenas 3 meses

Lançada em maio, a Marvin captou seu segundo investimento com a Canary e Eduardo Gouveia, ex-CEO da Cielo

Fintech Marvin capta segunda rodada com Canary e Eduardo Gouveia
Bernardo Vale e Henrique Echenique, cofundadores da fintech Marvin. Foto: Divulgação
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A Marvin, plataforma brasileira que opera recebíveis de cartão de crédito, anunciou sua segunda rodada de investimento em menos de três meses desde seu lançamento. O aporte foi liderado pela gestora Canary e contou com a participação de Eduardo Gouveia, ex-CEO da Cielo, Alelo, Livelo e Multiplus. O valor captado não foi divulgado. Em junho, pouco depois de estrear no mercado, a fintech já havia recebido um investimento liderado pela Mauá Capital, gestora do ex-diretor do Banco Central Luiz Fernando Figueiredo.

A sacada do negócio da Marvin é transformar os recebíveis de cartão de crédito em uma forma de pagamento por si só. Em outras palavras, um estabelecimento comercial tem um volume X para receber de vendas feitas com cartão de crédito e, ao mesmo tempo, precisa de um volume X para pagar algum fornecedor. Por meio da plataforma da Marvin, a loja consegue utilizar esses recebíveis para pagar o fornecedor.

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Os fundadores da fintech, Bernardo Vale e Henrique Echenique, explicam que dessa forma a plataforma viabiliza grandes fornecedores a vender mais, sem assumir o risco de crédito do seu cliente, mas também ajuda o varejista a comprar com melhores condições. Lançada em maio desse ano, a Marvin já tem mais de 20 empresas clientes e projeta transacionar R$ 500 milhões no segundo semestre de 2021.

O novo aporte vai ajudar a fintech a alavancar a operação e a expandir o time. De acordo com Vale e Echenique, a solução de antecipação está atendendo uma demanda que os empreendedores só esperavam para 2022. “A dificuldade que o mercado está passando com as registradoras virou uma oportunidade para nós, então estamos acelerando”, disse Vale.

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A maneira como os dois “atacaram a oportunidade”, inclusive, foi o que chamou a atenção dos investidores. “Eles foram o time que mais nos impressionou em termos de conhecimento do mercado de arranjo de pagamentos”, disse Marcos Toledo, sócio da firma de venture capital Canary. “Foi notória a expertise, tecnologia e o quanto estão preparados neste mercado”, complementou Gouveia