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IPO do Nubank: fintech pinta a NYSE de roxo e inaugura novo capítulo

“Desafiamos as companhias mais poderosas da América Latina”, afirma David Vélez na estreia do banco digital na bolsa

Foto: Nubank/Divulgação
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O maior banco digital da América Latina chegou à Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Nesta quinta-feira (9), os fundadores do Nubank, David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible, tocaram o sino para marcar o início da oferta dos papéis da fintech na bolsa norte-americana.

O banco digital Nubank precificou as ações classe A da Nu Holdings (NU) em US$ 9 cada, em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Criado há oito anos para oferecer um cartão de crédito gratuito, o Nubank se tornou o banco listado mais valioso da região, avaliado em US$ 41,5 bilhões, à frente do Itaú Unibanco.

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Antes de tocar o sino, o trio agradeceu aos clientes da empresa e comentou a missão da empresa de mudar o mercado financeiro, tornando a vida financeira dos consumidores mais transparente e menos complexa.

É difícil descrever a sensação. Nós somos malucos, o que a gente estava pensando? Um bando de pessoas trabalhando em uma casinha, achando que poderíamos desafiar as empresa mais poderosas da América Latina. E, ainda assim, aqui estamos nós hoje.

David Vélez, cofundador do Nubank

Os fundadores da companhia ressaltaram que o IPO é o momento de novo começo para a empresa, que espera alcançar ainda mais clientes com seus serviços financeiro. A abertura de aões na Bolsa norte-americana acontece um dia antes da estreia dos BDRs (ativos que representam na Bolsa brasileira as ações de uma empresa listada lá fora) estreiarem na B3.

Fundadores do Nubank tocam o sino da NYSE; fintech se torna o banco mais valioso da América Latina. Foto: Reprodução/YouTube/Nubank

Novo capítulo para o banco

Durante a apresentação, a cofundadora, Cristina Junqueira, agradeceu aos clientes do banco. “Quero agradecer aos nosso cilentes, vocês são o motivo pelo qual estamos aqui. Eu me sinto tocada pelo feedback de todos nossos clientes para o IPO”, comentou a cofundadora brasileira no Nubank. “É o começo de uma nova fase, não uma linha de chegada. É um momento que nos permite ter um impacto maior do que que já temos. E para milhões de brasileiros que agora, oficialmente, são nossos sócios”.

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Junqueira também revelou que mais de 800 mil clientes da fintech se tornaram investidores, ao comprarem ações do Nubank e outros 7,5 milhões de consumidores aceitaram um BDR que a empresa ofereceu em uma ação de marketing realizada em seu aplicativo.

Da esquerda para a direita: Edward Wible, Cristina Junqueira e David Vélez, os fundadores do Nubank. Foto: Divulgação

Ainda no fim de novembro, o Nubank cortou suas expectativas de arrecadação com a operação, na esteira de uma série de quedas de valor de empresas de tecnologia e startups. Apoiada pela Berkshire Hathaway de Warren Buffett, a empresa havia planejado anteriormente levantar quase US$ 3 bilhões com com preços por ação entre US$ 10 e US$ 11.

A abertura foi transmistida ao vivo no canal oficial do banco no YouTube e bateu 14 mil expectadores simultâneos.