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Fintechs brasileiras poderão emitir cartões de crédito

O Conselho Monetário Nacional tenta aumentar o fluxo de recursos para indivíduos e pequenas empresas em meio à crise de coronavírus

Maior na América Latina, Brasil é o quinto país que mais atraiu investimentos em fintechs pelo mundo. Foto: Shutterstock
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O Conselho Monetário Nacional decidiu que as fintechs do Brasil poderão emitir cartões de crédito. A medida é uma tentativa de aumentar o fluxo de recursos para pessoas físicas e pequenas empresas em meio à crise do coronavírus, informa o Valor Econômico.

A autoridade regulatória também disse que as fintechs do país poderão obter financiamento do BNDES, já que seus canais de financiamento habituais travaram devido às tensões do mercado relacionadas ao coronavírus.

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As medidas resultam de solicitações feitas pelas próprios fintechs. No entanto, representantes do setor e bancos ouvidos pelo Valor consideram que, embora positiva, a iniciativa não ataca o risco de crédito, que tem sido o maior obstáculo à concessão de crédito nas últimas semanas.

Private equity

A Reuters informou que o conselho monetário também disse que agora os fundos de private equity poderão controlar as fintechs que trabalham como credoras digitais, mas apenas indiretamente. Tradicionalmente, o Banco Central do Brasil restringia a capacidade dos fundos de private equity de comprar instituições financeiras.

As fintechs brasileiras, como Creditas, a empresa de pagamentos Stone e a unidade financeira do MercadoLibre, Mercado Pago, normalmente financiam seus negócios por meio de acordos de securitização no mercado de capitais.

Em um comunicado, o CMN disse que as fintechs são capazes de alcançar pequenos empresários e até indivíduos sem banco e podem ajudar o governo a implementar políticas públicas.