O Conselho Monetário Nacional decidiu que as fintechs do Brasil poderão emitir cartões de crédito. A medida é uma tentativa de aumentar o fluxo de recursos para pessoas físicas e pequenas empresas em meio à crise do coronavírus, informa o Valor Econômico.
A autoridade regulatória também disse que as fintechs do país poderão obter financiamento do BNDES, já que seus canais de financiamento habituais travaram devido às tensões do mercado relacionadas ao coronavírus.
Leia também: Cobertura do LABS sobre o coronavírus e seus impactos
As medidas resultam de solicitações feitas pelas próprios fintechs. No entanto, representantes do setor e bancos ouvidos pelo Valor consideram que, embora positiva, a iniciativa não ataca o risco de crédito, que tem sido o maior obstáculo à concessão de crédito nas últimas semanas.
Private equity
A Reuters informou que o conselho monetário também disse que agora os fundos de private equity poderão controlar as fintechs que trabalham como credoras digitais, mas apenas indiretamente. Tradicionalmente, o Banco Central do Brasil restringia a capacidade dos fundos de private equity de comprar instituições financeiras.
As fintechs brasileiras, como Creditas, a empresa de pagamentos Stone e a unidade financeira do MercadoLibre, Mercado Pago, normalmente financiam seus negócios por meio de acordos de securitização no mercado de capitais.
Em um comunicado, o CMN disse que as fintechs são capazes de alcançar pequenos empresários e até indivíduos sem banco e podem ajudar o governo a implementar políticas públicas.