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HRTech Flash capta mais de US$ 100 milhões e vai investir tudo no desenvolvimento de soluções e contratações

A rodada Série C foi liderada pelos fundos Battery Ventures e WhaleRock, fundos globais ainda pouco atuantes na América Latina

os cofundadores da HRTech Flash
Ricardo Salem, cofundador e CEO; Guilherme Lane, cofundador e CTO; e Pedro Lane, cofundador da Flash. Foto: Divulgação.
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A startup de benefícios corporativos Flash finalizou a captação de uma rodada Série C de mais de US$ 100 milhões liderada por dois fundos globais com sede nos EUA e ainda pouco atuantes na América Latina: Battery Ventures (este é aparentemente o primeiro investimento da firma no Brasil) e Whale Rock, que já investiu no Nubank e na Loft.

Os novos recursos chegam apenas dez meses após a Série B – liderada pela Tiger Global, e que também contou com a monashees, que liderou a rodada Série A, e a GFC, que apoiou o aporte seed da startup junto com Citius e Kauffman Fellows. Com exceção da última, todas essas gestoras participaram da Série C ao lado da Tencent e dos investidores Hans Tung (a GGV Capital), Rahul Mehta (cofundador da DST Global) e Kevin Efrusy (sócio da Accel Capital que foi um dos primeiros investidores de empresas como Facebook, Despegar, Nuvemshop, Flink, and QuintoAndar).

Segundo a Flash, a nova rodada veio para ajudar a empresa a ampliar seu portfólio e lançar, ainda em 2022, uma plataforma integrada para equipes de recursos humanos.

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A plataforma da Flash funciona junto com um aplicativo e um cartão com bandeira Mastercard, sendo uma alternativa de gerenciamento de benefícios ideal empresas que optaram por regimes remoto e híbrido de trabalho. O aplicativo permite o gerenciamento dos benefícios por parte de RHs e colaboradores e também a contratação de novos benefícios, como planos de saúde e auxílio-academia, por meio do marketplace da startup, o FlashHub.

Fundada em 2019 por Ricardo Salem, Guilherme Lane e Pedro Lane, oferece soluções para o gerenciamento unificado e controle otimizado da oferta de diversos benefícios, incluindo alimentação, refeição, mobilidade e cultura, e, mais recentemente, auxílio home office.

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“A Flash criou uma solução inovadora e com visão de futuro para permitir que os funcionários usem seus benefícios corporativos a qualquer hora, em qualquer lugar, em vez de estarem sujeitos a restrições muitas vezes arbitrárias”, disse Roger Lee, sócio geral da Battery Ventures, em comunicado à imprensa. O fundo é investidor de outras startups do mesmo segmento, como as plataformas de gestão de pessoas Hibob (Israel) e Quinyx (Suécia).

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Salem, que também é CEO a HRTech, disse em comunicado que a startup está crescendo dois dígitos todos os meses. “Isso só é possível, pois entregamos ao mercado uma solução que impacta diretamente as rotinas de colaboradores e RHs. Em 2022, iremos desenvolver um produto ainda mais completo e integrado, que possibilitará uma atuação estratégica para quem lida com pessoas”. 

À Reuters, Salem não quis revelar número de clientes ou outras métricas da empresa, mas disse que o novo aporte também será fundamental para a contratação de novos talentos. A meta é dobrar a atual folha de pagamento, de 320 funcionários, até o fim do ano.

Sem abrir o número de clientes, a Flash disse ao LABS que entre eles estão empresas como VTEX, Neon, Loggi, Frubana, ZUP, MadeiraMadeira e Leão Alimentos e Bebidas.

Segundo a empresa este é o segundo maior aporte recebido por uma HRTech no Brasil, atrás apenas da rodada de US$ 220 milhões da Gympass, em junho do ano passado. A rodada anunciada em janeiro pela Gupy chegou perto disso: R$ 500 milhões (ou US$ 93 milhões se considerada a cotação do dólar da época).