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Gol tem prejuízo de R$2,5 bi no 1º tri, fará aumento de capital

A Gol disse que a demanda por viagens aumentou 4% na terceira semana de abril ante mesma semana de março e que agora espera que sua capacidade no segundo trimestre chegue a cerca de 61% dos níveis pré-pandêmicos

Avião operado pela Gol pousa no aeroporto de Congonhas. 5/11/2018. Foto: REUTERS/Paulo Whitaker
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  • O prejuízo líquido da Gol subiu para R$ 2,5 bilhões, ante perda de R$ 900 milhões no último trimestre de 2020;
  • O caixa e equivalentes de caixa disponíveis da Gol caíram para R$ 400 milhões em 31 de março.

O prejuízo líquido da Gol quase triplicou no primeiro trimestre, já que a pandemia do coronavírus reduziu a demanda por voos, disse na quinta-feira, horas após anunciar que estava buscando mais dinheiro dos investidores.

O prejuízo líquido da Gol subiu para R$ 2,5 bilhões, ante perda de R$ 900 milhões no último trimestre de 2020, e ela disse que espera apenas um aumento modesto na demanda no segundo trimestre.

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A pandemia no Brasil, que em boa parte do trimestre foi a pior do mundo medida pelo número diário de mortes, dificultou uma recuperação que no final do ano passado havia deixado as companhias aéreas com um tom otimista.

A Gol disse que a demanda por viagens aumentou 4% na terceira semana de abril ante mesma semana de março e que agora espera que sua capacidade no segundo trimestre chegue a cerca de 61% dos níveis pré-pandêmicos.

A receita de passageiros entre janeiro e março ficou em 1,4 bilhão de reais, abaixo dos R$ 1,7 bilhão no trimestre anterior, e metade do que a companhia gerou no mesmo período de 2020.

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O caixa e equivalentes de caixa disponíveis da Gol caíram para R$ 400 milhões em 31 de março.

Embora a companhia aérea diga que tem uma liquidez total muito maior, que inclui caixa restrito, ela reconheceu que mesmo essa medida caiu significativamente no trimestre.

A Gol disse que não espera queimar caixa no segundo trimestre, com fluxo de caixa no ponto de equilíbrio.

A Gol anunciou na noite de quarta-feira um aumento de capital de cerca de R$ 512 milhões em novas ações, com os acionistas controladores, os irmãos Constantino, revelando que planejam subscrever até R$ 270 milhões do total, a um preço por ação preferencial R$ 24,19.