- O Straumann Group aponta que o crescimento orgânico do setor de odontologia na América Latina foi de 75% em 2020;
- A principal ferramenta da Smilink é a inteligência de dados e a padronização de processos.
O grupo suíço de soluções odontológicas Straumann comprou a startup brasileira Smilink por um valor não divulgado.
A Smilink oferece uma plataforma online que facilita a integração entre pacientes e dentistas, além de ter desenvolvido alinhadores transparentes. Um modelo de negócio similar ao da startup mexicana Moons, que recentemente captou US$ 9 milhões. O Straumann Group aponta que o crescimento orgânico do setor na América Latina foi de 75% em 2020, índice acima das outras regiões de atuação do grupo – e liderado pelo Brasil. A aquisição da Smilink é apontada pela companhia como agente de fortalecimento do negócio de ortodontia no País.
Hoje a Smilink conta com diversas clínicas parceiras em 14 cidades brasileiras, mais de 80 colaboradores e um histórico de mais de 4 mil pacientes tratados desde sua fundação, em 2018.
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“Estimamos que entre 70% e 80% da população adulta tenha questões em relação à saúde bucal. Nesse cenário, nossa solução ganha relevância por ser eficiente, acessível financeiramente e altamente tecnológica. A chegada do grupo Straumann permitirá que ganhemos mercado e ampliemos nossa cobertura”, disse o CEO e cofundador da Smilink, Marcos Boysen, em comunicado à imprensa.
“Nossa estratégia de negócio e atuação tem como base a experiência e os ótimos resultados que o Grupo Straumann teve com a aquisição da Dr. Smile na Europa, empresa com atuação similar à da Smilink”, afirmou Matthias Schupp, vice-presidente executivo Latam do Straumann Group.
A principal ferramenta da startup é a inteligência de dados e a padronização de processos. Pelo modelo da empresa, o paciente realiza uma avaliação clínica e escaneamento digital 3D com um dentista e depois recebe um plano completo de tratamento, desenhado por ortodontistas, que inclui o resultado esperado e o tempo de tratamento.
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“Nesse ponto os pacientes podem optar por realizar ou não seu tratamento, sendo que atualmente 99% deles decidem dar continuidade. É um processo que torna mais claras e acessíveis todas as etapas – e que conseguimos fazer em menos de 14 dias, de ponta a ponta”, explica o COO e cofundador da Smilink, Pablo Inones.