- Seleção para iniciativas de capacitação será feita em comunidades vulneráveis das periferias brasileiras;
- Os cursos devem impactar cinco milhões de pessoas, incluindo entregadores e seus familiares, além de profissionais de mais de 200 mil restaurantes parceiros.
O iFood anunciou nesta sexta-feira (26) um novo compromisso para educar e treinar mais de 10 milhões de pessoas até 2025, dizendo que oferecerá oportunidades de mentoria em tecnologia com foco em aumentar a empregabilidade para mais de 25.000 pessoas de comunidades de baixa renda no Brasil.
De acordo com Gustavo Vitti, Diretor de Pessoas e Sustentabilidade do iFood, a intenção da empresa é treinar os brasileiros para novos empregos na economia digital emergente, especialmente para o setor de tecnologia, em que habilidades como Inteligência Artificial, ciência de dados e codificação estão cada vez mais em demanda.

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Segundo Vitti, com as novas iniciativas de educação e treinamento, o iFood quer impactar 10 milhões de pessoas, incluindo cinco milhões de alunos e professores da rede pública e outros cinco milhões que terão a oportunidade de se formar para o mercado de trabalho, além de entregadores e pessoas que trabalham com os restaurantes parceiros do iFood”, disse ao LABS, acrescentando que “o iFood é um empregador possível e natural para essas [25.000] pessoas recém-formadas”.
O iFood vai contratar essas pessoas? Vitti explica que o número de vagas disponíveis no iFood depende das necessidades atuais da empresa, mas que, por acreditar na força dessas pessoas e na qualidade do que será ensinado, quanto mais o iFood contratar treinados, melhor. “Mas é claro que, devido à alta demanda de profissionais de tecnologia, eles poderão ter oportunidades de trabalho em outras empresas de tecnologia”.
O objetivo do iFood é inserir milhares de pessoas no mercado de trabalho impulsionado por uma nova economia digital e contribuir com novos talentos para ajudar a preencher um déficit esperado de cerca de 300.000 profissionais necessários no setor de tecnologia em expansão no Brasil, conforme pesquisa da Brasscom em 2020, que prevê que o Brasil terá o maior gap de qualificação da América Latina até 2024.
O que é necessário para ser treinado pelo iFood?
O iFood afirma que priorizará parceiros em seu ecossistema, como entregadores e seus familiares, além de pessoas que trabalham nos mais de 200.000 restaurantes cadastrados na plataforma.
Conforme Vitti explicou, o iFood tem desenvolvido 10 programas-piloto nos últimos seis meses. Até o momento a empresa já investiu mais de R$ 2 milhões. “Nosso objetivo é ter mais impacto e todos estamos comprometidos em investir o que for necessário para atingir esses objetivos”, acrescenta.
O iFood também está doando o tempo de sua equipe para criar, coordenar e encontrar os melhores programas de educação e treinamento em tecnologia para acelerá-los com um foco especial na inclusão das comunidades mais vulneráveis do Brasil na iniciativa de educação durante os próximos cinco anos.
Para isso, o iFood já entrou em contato com mais de 20 empresas e instituições para definir as novas iniciativas de educação que estão previstas para acontecer este ano. Segundo Vitti, os critérios para a seleção dos parceiros são baseados em proximidade e conhecimento do público-alvo, presença nacional, criação de novas parcerias e modelos de ensino que capacitem um grupo diversificado de alunos para ter sucesso e desenvolver uma estrutura de educação híbrida que oferece aulas pré-gravadas e ao vivo para ajudar a garantir o envolvimento do aluno.
Até o momento, o programa do iFood tem parceria com seis organizações e empresas de educação que apoiarão o desenvolvimento de competências altamente exigidas para o mercado de trabalho atual impulsionado por uma nova economia digital, como inteligência artificial e programação em Python, Java, JS, React, Kotlin, Android e iOS.
Entre os parceiros do iFood no projeto está a Resilia, programa que visa oferecer a pessoas de baixa renda a oportunidade de se formar na área de ciência e tecnologia de dados com a possibilidade de futuramente serem contratadas pelo iFood.
Há também uma nova iniciativa de parceria educacional em andamento com a Reprogram, que oferece cursos de programação para mulheres cis e trans com o objetivo de formar 400 profissionais em dois anos. Já em andamento, uma parceria com o Instituto PROA busca oferecer acesso aos primeiros empregos para jovens do ensino médio público com idade entre 17 e 22 anos. Em 2021, a meta é formar 7.000 jovens e, até 2023, atingir a marca de 400.000 jovens que concluíram sua formação.
Além disso, estão em desenvolvimento outros projetos que irão incentivar o empreendedorismo na área da alimentação e oportunidades de aprendizagem para os entregadores registados na plataforma.
O iFood também pretende elevar a qualidade do ensino nas escolas públicas por meio da tecnologia com auxílio da Fundação 1 Bi do Grupo Movile, que desenvolveu uma ferramenta de aprendizagem gratuita via WhatsApp chamada Aprendizap.
Segundo o iFood, alunos e professores terão acesso a conteúdos desenvolvidos por especialistas e, com a parceria, a ideia é ampliar o alcance da Aprendizap e desenvolver novos conteúdos para alunos e professores.
Investido pela Movile e Just Eat, o iFood tem mais de 48 milhões de pedidos mensais no Brasil e na Colômbia.