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Investo capta rodada Seed de R$ 15 milhões para lançar ETFs no Brasil

Aporte foi capitado com investidores anjo do ecossistema de Harvard; fintech especializada em ETFs deve lançar os primeiros fundos de investimento nas próximas semanas

Investo aporte Seed
Silvio Junqueira, Gabriel Lansac, Cauê Mançanares e Mariana Monteiro, da Investo. Foto: Divulgação
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A Investo, gestora independente especializada em Exchange Traded Funds (ETFs), anunciou uma rodada Seed de R$ 15 milhões para iniciar suas operações no Brasil. O aporte foi captado com investidores anjo do ecossistema de Harvard, nos Estados Unidos, entre eles Rene Kern, ex-conselheiro da BM&FBovespa e diretor da General Atlantic. O capital será investido na infraestrutura da operação, que será lançada oficialmente no Brasil nas próximas semanas.

De acordo com os fundadores da Investo, Cauê Mançanares, Silvio Junqueira e Gabriel Lansac, a proposta da fintech é “tornar o brasileiro um investidor global” por meio de sua plataforma, com produtos que possibilitam investimentos no exterior de forma simplificada e com baixo custo. O carro chefe da fintech são os Exchange Traded Funds (ETFs), fundos de investimento que representam empresas internacionais, são negociados na bolsa, com qualquer corretora e aplicações a partir de R$ 10

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Toda a operação da Investo será realizada na B3, com a oferta de produtos listados na bolsa americana e disponibilizados na bolsa brasileira. A expectativa da fintech é chegar ao fim de 2021 com doze ETFs listados na B3 e 200 mil investidores. A Investo já tem parceria com a Easynvest by Nubank, Credit Suisse, Inter e Banco Modal. 

A Investo foi fundada em março de 2020 e ao longo do ano passado atuou junto aos órgãos reguladores do Brasil para a estruturação da operação enquanto negociava com investidores a rodada Seed. Segundo Mançanares, CEO da Investo, ao buscar investidores a empresa procurou por profissionais com experiência na implementação de ETFs em outros países e no mercado de capitais internacional, agregando expertise ao investimento.

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“O mercado financeiro é um setor com forte regulação e requer extrema solidez das empresas que decidem atuar no setor. Não é viável criar uma startup de “garagem” e acreditar que vai conseguir prover serviços financeiros inovadores e de qualidade, é preciso ter resiliência de processos, equipe e infraestrutura e isso requer investimentos e muito estudo”, disse Mançanares.