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Emissões de dívida devem crescer e M&A estabilizar no Brasil em 2022, diz Itaú BBA

Volume de emissões de ações deve recuar este ano, enquanto as vendas de instrumentos de renda fixa provavelmente crescerão

Itaú Totvs
Foto: REUTERS/Sergio Moraes/Arquivo
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Executivos do Itaú BBA, unidade de atacado do Itaú Unibanco, esperam que as empresas brasileiras emitam mais instrumentos de renda fixa em 2022 e vendam menos ações, à medida que os mercados se preparam para a volatilidade pré-eleitoral.

O diretor de corporate e banco de investimento do Itaú BBA, Cristiano Guimarães, projeta que o volume de emissões de ações recue este ano, enquanto as vendas de instrumentos de renda fixa devem crescer.

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Para Guimarães, o volume de fusões e aquisições deve ficar estável em 2022 em relação ao ano passado, já que as empresas usarão os recursos captados por meio de ofertas de ações em 2021 para comprar rivais.

Apesar da maior volatilidade, algumas transações estão indo bem no mercado de capitais, disse Guimarães. Os investidores locais estão mais cautelosos, mas os estrangeiros estão voltando e algumas ofertas iniciais de ações (IPOs) específicas podem ser concluídas, acrescentou.

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A atividade mais lenta no mercado de renda variável neste ano deverá ser compensada pelo crescimento em renda fixa e elevação de negócios na divisão agrícola, com a venda de mais instrumentos de crédito, fundos específicos para o setor e aumento em “trading”.

O Itaú BBA planeja contratar até 120 pessoas especificamente para a divisão agrícola e aumentar em 200 pessoas o quadro total de funcionários, dos atuais 2.100, disse o presidente do Itaú BBA, Flávio Souza.