Negócios

Linx diz que ainda está analisando oferta da TOTVS

Já a Stone disse que planeja emitir BDRs se fusão com a plataforma de varejo realmente sair

Sede da TOTVS em SP
Vista externa de fachada do edifício sede da Totvs, em SP. Foto: Aluísio Alves/Reuters
Read in english
  • A proposta da TOTVS pela Linx foi feita após a Linx anunciar acordo vinculante com a StoneCo, que sofreu alterações após a apresentação de proposta concorrente pela TOTVS;
  • a TOTVS condicionou a validade de sua proposta de fusão com a Linx depois de 13 de outubro a algumas condições, incluindo mesmo nível de acesso à informação dado à StoneCo na preparação dos documentos exigidos por órgãos reguladores para assembleias de Linx e de TOTVS.

A Linx afirmou que continua analisando a oferta de aquisição feita pela rival TOTVS, de acordo com documento regulatório nesta quarta-feira. Na terça-feira, a TOTVS disse que conselheiros independentes da Linx decidiram não firmar Protocolo e Justificação de Incorporação apresentado pela TOTVS, indicando que a plataforma de varejo estava adiando a análise da oferta. Já Stone disse nessa quarta-feira que, se sair vencedora na disputa pela Linx, pretende emitir BDRs, o que na prática permitiria que investidores brasileiros também apostassem na nova empresa e que acionistas da Linx recebessem BDRs da Stone.

A TOTVS comunicou no final da segunda-feira que conselheiros independentes da Linx decidiram não firmar Protocolo e Justificação de Incorporação apresentado pela TOTVS, argumentando que feriria o acordo de associação celebrado entre a Linx e a StoneCo. Na visão da TOTVS, o entendimento sobre a minuta disponibilizada pela companhia em 4 de setembro, com a proposta de fusão à administração da Linx, foi equivocado, por se tratar de “mera proposta e recomendação dos administradores signatários a ser submetida aos acionistas das respectivas companhias”.

LEIA TAMBÉM: Linx faz parceria com Rappi para shoppings e anuncia pacote de apoio ao varejo

Adicionalmente, afirmou a TOTVS, não houve evolução relevante da análise, pelo comitê especial independente constituído pelo conselho de administração da Linx, da proposta de combinação de negócios apresentada pela TOTVS divulgada em 14 de agosto.

“Essa situação, após mais de 5 semanas de acesso à proposta, reforça a percepção de que a maximização de valor para os acionistas da Linx não tem sido o compromisso, de forma objetiva, do comitê especial da Linx, formado pelos conselheiros independentes”, afirmou a TOTVS.

A companhia ainda avaliou que os conselheiros têm demonstrado somente disposição para retardar, ou mesmo impedir, a apreciação da proposta da Totvs pela assembleia de acionistas da Linx, como forma de forçar esses acionistas a deliberar sobre uma única proposta, a da Stone.

Nesse contexto, a TOTVS condicionou a validade de sua proposta de fusão com a Linx depois de 13 de outubro a algumas condições, incluindo mesmo nível de acesso à informação dado à StoneCo na preparação dos documentos exigidos por órgãos reguladores para assembleias de Linx e de TOTVS.

LEIA TAMBÉM: Magazine Luiza vai integrar marketplace que inclui Netshoes com sistema omnichannel da Linx

A proposta da TOTVS pela Linx foi feita após a Linx anunciar acordo vinculante com a StoneCo, que sofreu alterações após a apresentação de proposta concorrente pela TOTVS.

Já a Stone disse nesta quarta-feira que buscará obter o registro de programa de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) Patrocinado Nível I, no âmbito da possível combinação de negócios com a Linx, segundo comunicado da Linx à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“De acordo com a StoneCo, o registro de programa de BDRs Nível I da StoneCo fará com que os detentores das ações de companhia (Linx) recebam BDRs da StoneCo como parte do preço de resgate de ações da StoneCo a ser pago pela StoneCo no âmbito da operação Stone”, afirmou a Linx. Na prática, os BDRs são certificados representativos de ações de empresas estrangeiras negociadas no Brasil. Um programa de BDR é um instrumento para as empresas estrangeiras tenham entrada no mercado brasileiro. Isso também permitirá que os acionistas da Linx possam receber BDRS da Stone como forma de pagamento na transação.